A CDU cresce e avança, com confiança!
A DORS do PCP, reunida a 31 de Maio, analisou os resultados das eleições para o Parlamento
Europeu, os aspectos mais relevantes da situação política e social da Região e discutiu as
principais linhas de trabalho do Partido, nomeadamente quanto à iniciativa política e à luta
pela concretização de uma política alternativa patriótica e de esquerda.
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As eleições para o Parlamento Europeu de 25 de Maio confirmaram, no plano eleitoral, um
importante resultado da CDU e o isolamento político e social do Governo PSD/CDS-PP. O
aumento da expressão e influência eleitorais da CDU, constitui um dos mais significativos
êxitos eleitorais da CDU para o Parlamento Europeu.
No distrito de Setúbal, a CDU foi a força mais votada. Na Península de Setúbal, a CDU cresceu
em número de votos e em percentagem em todos os concelhos, obtendo mais 6 mil votos
que em 2009, num quadro de diminuição do número de votantes.
A coligação PSD/CDS-PP perdeu, no conjunto dos nove concelhos da Península, em relação a
2009, 24 mil votos, sendo que no concelho da Moita a sua votação caiu para metade e no
Barreiro para cerca de um terço.
A soma dos votos obtidos pelos partidos subscritores do pacto de agressão (PS, PSD,CDS)
revela a perda de 11.400 votos e de expressão eleitoral destes partidos em conjunto, em
relação a 2009. É uma tendência que acompanha o quadro nacional, em que estes partidos
perderam juntos mais de 400 mil votos, e é expressão da condenação da política de
empobrecimento, exploração e desastre nacional.
O Bloco de Esquerda perdeu mais de 21 mil votos, em relação a 2009, na Península de
Setúbal.
O PCP considera inadiáveis a demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas,
para libertar o País o mais rápido possível deste governo e desta política. Foi tendo presente
essa urgente necessidade que o PCP apresentou uma moção de censura ao Governo. Uma
censura a uma política e a uma prática de permanente confronto com a Constituição da
República, de afronta à lei e de comprometimento do normal funcionamento das instituições.
A dimensão da derrota do PSD e do CDS-PP não deixa margem para outra leitura que não
seja a de uma inequívoca afirmação nacional de exigência da sua demissão.
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A DORS do PCP saúda as grandiosas comemorações populares dos 40 anos da Revolução de
Abril e do 1.º de Maio, bem como as múltiplas lutas ocorridas na Região. Considerando o
papel central e decisivo da luta de massas, a DORS do PCP apela a uma ampla mobilização
dos trabalhadores e da população da Península de Setúbal para a jornada de luta convocada
pela CGTP-IN, designadamente para a manifestação de dia 21 de Junho, em Lisboa, com
concentração no Cais do Sodré às 15 horas e desfile até ao Rossio. Apela, também, à
participação na acção de luta contra da privatização da EGF, que terá também lugar em
Lisboa, já no próximo dia 6 de Junho, pelas 9h30, com desfile do Largo do Rato para a
Assembleia da República.
O PCP alerta para a nova vaga da ofensiva do Governo contra o Serviço Nacional de Saúde. O
que o Governo define como “reorganização hospitalar” é, isso sim, um corte nas valências e
nos serviços, de que se destaca a tentativa de encerramento das maternidades dos Centros
Hospitalares Barreiro-Montijo e de Setúbal. Está agendada, também para 6 de Junho, pelas
9h30, junto ao Hospital, no Barreiro, uma concentração contra o encerramento de várias
valências, incluindo o bloco de partos, o serviço de obstetrícia e a unidade de neonatologia.
Ao mesmo tempo, a portaria publicada pelo Governo pode determinar também a perda da
cirurgia pediátrica no Hospital do Montijo. O PCP apela aos utentes e aos profissionais de
saúde para que combatam mais esta ofensiva contra o SNS.
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A DORS do PCP abordou aspectos da preparação da 38ª Festa do Avante!, Festa de Abril,
marcada para 5, 6 e 7 de Setembro, na Atalaia, Amora, Seixal, com a confiança de que esta
será mais uma extraordinária Festa de cultura, desporto, gastronomia, convívio e luta.
A notável intervenção do PCP, articulando a iniciativa política, o estímulo ao desenvolvimento
da luta de massas com a acção no plano eleitoral e institucional e com o reforço do Partido,
nos últimos meses, só foi possível pela militância e empenhamento dos membros do Partido.
A DORS do PCP aponta a necessidade de prosseguir e passar a concretização da Resolução
“Mais organização, mais intervenção, maior influência – um PCP mais forte”, destacando a
acção de contactos com os membros do Partido, a organização nas empresas e locais de
trabalho e o recrutamento de novos militantes.
A DORS do PCP
Setúbal, 31 de Maio de 2014