MEDEA distingue alunas do Feijó por trabalho sobre campos eletromagnéticos e saúde 

Uma equipa de alunos da Escola Secundária Romeu Correia, no Feijó, em Almada, foi distinguida com uma menção honrosa na décima primeira edição do MEDEA, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Física (SPF) e da REN – Redes Energéticas Nacionais, destinada a promover o conhecimento da Física e o estudo dos campos eletromagnéticos junto dos jovens portugueses e da sociedade em geral.

A equipa “Romeu e Julietas”, da Escola Secundária Romeu Correia, no Feijó, em Almada, é composta por Maria Madalena Montez, Matilde Borralho, Leonor Teixeira, Bárbara Capelo e Rita Lopes, sob a coordenação do professor José Fanica. Este grupo de alunas optou por efetuar um questionário para apurar a opinião da população sobre os campos magnéticos que nos rodeiam, confrontando esses dados com os valores das medições realizadas – todos abaixo dos valores de referência recomendados.   

A equipa vencedora do Projeto MEDEA é composta por alunos do 12.º ano de Física da Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa. A “Rebobina”, composta por Adolfo Morgado, Vasco Couto, Gonçalo Silva e Lourenço Barreto, com a coordenação do professor Luis Afonso, apresentou um projeto com o objetivo de identificar e medir os campos eletromagnéticos de baixa frequência que nos rodeiam, incluindo cabos de alta tensão, concluindo que os mesmos estão de acordo com o estipulado pela Organização Mundial de Saúde.

Todos os vencedores foram conhecidos numa cerimónia realizada por videoconferência e que contou com a presença de representantes da REN, SPF e das equipas vencedoras. A entrega de prémios presencial irá decorrer dia 5 de setembro de 2020, na cerimónia de encerramento da FÍSICA 2020 – 22ª Conferência Nacional de Física e 30º Encontro Ibérico para o Ensino da Física, que se realiza no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

Para além do vencedor, e da menção honrosa à equipa do Feijó, a REN e a SPF decidiram atribuir outras duas menções honrosas dada a qualidade dos trabalhos apresentados. Uma à equipa “Os Argonautas”, da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Nova de Famalicão, composta por Francisco Miguel Alves da Costa, Gonçalo da Silva Pereira Teixeira, José Afonso Barbosa Salgado, Tiago Miguel Mesquita Figueiredo e Tomás Santos Pereira, coordenados pela professora Teresa Martins. Os alunos verificaram que quanto maior for a distância dos aparelhos que nos rodeiam no dia a dia, menor é a intensidade de campo magnético e campo elétrico registado. Todos os valores verificados estavam dentro dos valores recomendados pelas autoridades competentes.

A terceira menção honrosa foi para os “The Magnetos”, da Escola Secundária Rainha Dona Leonor, em Lisboa, compostos por Diogo Miguel Batista de Sousa Correia da Costa, Marta Vale de Almeida Norte, Salvador Veloso Santos, Tomás Lopes Veríssimo de Spínola Costa, sob a coordenação da professora Branca Sousa. Esta equipa efetuou medições dos campos magnéticos nas imediações de uma Subestação da REN, verificando que nenhum dos valores medidos ultrapassou os valores de referência recomendados, concluindo que não existem riscos que possam comprometer a saúde humana.

A 12ª edição do MEDEA irá abrir inscrições durante o mês de outubro de 2020. Os alunos podem inscrever-se em http://medea.spf.pt/inscricao/. As medições são precedidas por um curso preparatório: feX_Mag3D (https://courses.mooc.tecnico.ulisboa.pt/), ministrado pelo Coordenador do MEDEA, Horácio Fernandes, que pretende “uma melhor preparação dos alunos para as medições dos campos eletromagnéticos”, salienta o Professor do Instituto Superior Técnico.

Sobre o MEDEA:

Instituído em 2008, o MEDEA é dirigido aos alunos do 10º ao 12º ano dos ensinos secundário e profissional. Permite a aplicação prática da formação ministrada nas instituições de ensino, aliando o conhecimento científico à vida quotidiana dos alunos através de experiências realizadas pelos próprios, dentro e fora das salas de aula.

Os participantes elaboram um projeto científico baseado em medições de campos elétricos e magnéticos de muito baixa frequência, 0-300 Hz, no meio ambiente, em particular, na sua escola, em casa e na vizinhança de linhas de transporte de energia elétrica; e a procurar informação cientificamente credível sobre os eventuais efeitos destes campos na saúde humana. As escolas participantes recebem um medidor de campo elétrico e magnético que utilizam no decorrer do projeto. Cada equipa cria então uma página internet dedicada em exclusivo ao MEDEA, na qual apresenta todos os resultados obtidos, pesquisas efetuadas e outras informações relevantes ao projeto. As equipas com os melhores trabalhos serão premiadas.