A Mostra de Teatro de Almada atinge este ano a sua maioridade, celebra 18 edições e são muitas as novidades. Ao todo, 19 espetáculos de 17 grupos, entre profissionais e amadores, mostram as suas mais recentes criações.
Esta semana, o Alpha Teatro traz ao Cineteatro da Academia Almadense, a 13 de novembro, quinta-feira, a peça “O Mundo ficou Cego” (M/16). Um texto de Luís Menezes, Marisa Carrière e Sofia Raposo que critica a forma como a guerra tem justificado o terror em vez do amor.
Artes e Engenhos apresenta na sexta, 14 de novembro, no Incrível Almadense “Woyzeck 1978” (M/16), uma criação e encenação de Alexandre Pieroni Calado, projeto de cruzamentos disciplinares que tem como ponto de partida materiais de arquivo e testemunhos da encenação do Teatro da Cornucópia do texto de Georg Büchner.
No dia 15 de novembro, sábado, às 18h, o Ninho de Víboras mostra na Casa Municipal da Juventude de Cacilhas “Até Amanhã!” (M/12), uma peça do jovem autor premiado A. Branco e encenação de Eduardo Condorcet que estreou no Teatro da Trindade e que trata da relação de entendimento entre um prisioneiro e a sua psicóloga. Às 21h30, Atos Urbanos (uma produção do Teatro de Areia) leva ao palco do Cineteatro da Academia Almadense “Razia” (M/12), um espetáculo em que três doentes do espírito desfiam um rosário de maledicência, da autoria de Sarah Adamopoulos e encenação de Joana Sabala. Após o espetáculo, o público está convidado para mais um espaço de convívio no Café Calhambeque.
No domingo, 16 de novembro, ocorrem duas estreias. De manhã, para o público infantil, “O Sítio do Picapau Amarelo” (M/3), um musical a partir do livro de Monteiro Lobato, com direção artística de Diogo Novo, interpretado pelos jovens do Grupo de Teatro Musical da Academia Almadense. Às 21h30, o Teatro e Teatro as figuras de Goya e outros artistas ganham vida em “Noite de Guerra no Museu do Prado” (M/12), a partir de um texto de Rafael Alberti inspirado num episódio por ele vivido durante a Guerra Civil Espanhola.
O Teatro na Gandaia apresenta no dia 17 de novembro, segunda, no Cineteatro da Academia Almadense “Vestido de Noiva” (M/12) de Nelson Rodrigues, com encenação de Rui Cerveira que nos dá a conhecer Alaíde, personagem representativa da burguesia do Rio de Janeiro, que vive uma viagem interior, ao seu passado, onde se cruzam as pessoas que tiveram papéis decisivos na sua vida.
A 18ª Mostra de Teatro de Almada, que vai até 23 de novembro, realiza-se em diferentes locais do concelho de Almada (Teatro Municipal Joaquim Benite, Casa da Cerca, Casa Municipal da Juventude de Cacilhas, Teatro Extremo, Auditório Pluricoop, Incrível Almadense, Recreios Desportivos da Trafaria), sendo que nesta edição acontece em dois novos espaços: o recém-reinaugurado Cineteatro da Academia Almadense e a Biblioteca Municipal Maria Lamas situada no Monte da Caparica.