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  Quedas matam mais de 100 crianças - 2011-05-04
   
 
As quedas são os acidentes mais frequentes nas crianças, sendo a terceira causa de morte acidental, logo a seguir aos acidentes rodoviários e aos afogamentos (OMS, 2008).

De acordo com a análise realizada pela APSI, para além das 104 crianças que morreram, aproximadamente 40.000 foram internadas na sequência de uma queda. Isto significa que, em média cerca de 9 crianças e jovens, sofrem diariamente uma queda com consequências graves.

A maior parte das crianças e jovens que morreram e foram internadas na sequência de uma queda são do sexo masculino, sendo que, o maior número de mortes verifica-se entre os 15 e os 19 anos (24 casos) e o 1 e os 4 anos (19 casos). Os internamentos, por seu turno, ocorrem mais nas crianças mais pequenas, nas faixas etárias dos 0 aos 4 e dos 5 aos 9 anos.

A maior parte das mortes resultam de quedas de edifícios e outras construções.

De acordo com a análise realizada pela APSI, 31% das mortes e 16% dos internamentos resultaram de uma queda de edifício ou outra construção, sendo que a maior parte destes casos aconteceu com as crianças até aos 9 anos de idade. Registam-se ainda muitos casos de quedas de um nível para o outro (não especificadas) e quedas de escadas ou degraus que resultaram em morte ou internamento, sobretudo nas crianças até aos 4 anos.

A maior parte das quedas ocorrem em casa e na escola e as varandas e janelas são os produtos que mais originam este tipo de acidente.

É urgente projectar e construir casas e escolas mais seguras.

Os resultados deste estudo demonstram que a construção ainda não salvaguarda de forma eficiente a segurança das crianças.

A APSI defende que as casas e as escolas devem ser construídas “à medida” das crianças e os edifícios já existentes devem ser adaptados.

A colocação de guardas eficazes nas varandas e terraços (não escaláveis e transponíveis), de limitadores de abertura nas janelas (abertura máxima 9 cm) e cancelas em escadas (no topo e em baixo) são medidas fundamentais para prevenir as quedas com crianças.

Para Sandra Nascimento, presidente da APSI, é “inaceitável” que as crianças continuem a morrer por quedas de edifícios. “Portugal já tem uma norma para guardas mas esta ainda não é tida em conta pela maior parte dos projectistas e autarquias. O País precisa rapidamente de uma legislação que a torne obrigatória”, afirma.

Century 21 parceira na prevenção de quedas acidentais

O apoio da Century 21 à realização deste estudo está em linha com o compromisso da rede imobiliária de criar valor acrescentado para os seus clientes, constituindo-se um agente activo na promoção da responsabilidade de todo o sector. “A Century 21 Portugal continua a estabelecer parcerias e protocolos com entidades complementares ao sector imobiliário, com o objectivo de contribuir para a sensibilização do público em geral para os problemas que afectam a nossa sociedade.

Neste caso, promovendo a protecção dos mais jovens, através do apoio à APSI uma associação que desenvolve um trabalho de referência nesta área e cuja parceria muito nos honra”, sublinha Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal.

Foto: DR

13:39


 
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