O diagnóstico efectuado em Junho, Julho e Agosto deste ano e sobre o qual se vai basear o trabalho de campo a avançar em 2008, bem como os objectivos deste, foram as informações mais relevantes da sessão realizada esta manhã no auditório Municipal de Alcácer do Sal, com intervenções da Herdade da Comporta, da câmara local e da empresa Ecodevelopment.

Esta firma grega, líder no sector, tinha já estado na cidade, em Abril, para apresentar a metodologia que empregaria depois no estudo de implementação já decorrido.

Segundo este, são três as espécies de mosquitos que mais incomodam a região: culex, anófeles e aedes, este especialmente problemático por ter uma capacidade de voo qu pode chegar aos 40 quilómetros. As principais origens destas irritantes criaturas são as verdadeiras maternidades em que se transformam os arrozais, mais de mil hectares só na zona da Comporta. Em menor escala, os 180 hectares de zonas húmidas e 240 hectares de área urbana e periurbana dão o seu contributo.

A resposta para esta verdadeira praga é o larvicídio biológico, atacando os mosquitos na fase larvar, antes mesmo destes poderem voar, através de uma bactéria adaptada a essa função.

As campanhas têm que ser realizadas todos os anos e o valor orçamentado para a primeira é de 162.500 euros.

De acordo com Spiros Mourelatos, administrador da Ecodevelopment, o trabalho a iniciar em Abril terá consequências não só na Herdade da Comporta, como na Península de Tróia e em áreas a sul, mas não resolverá o problema em zonas mais distantes e igualmente rodeadas de arrozais, como Alcácer do Sal.

Cabe aos empresários da área do turismo, às autarquias e à sociedade civil, de uma forma geral, mobilizar apoios e contributos para que a erradicação de mosquitos seja mais abrangente e eficaz, permitindo ultrapassar este entrave ao cabal desenvolvimento turístico com base no usufruto da natureza e ao ar livre.

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