Durante aproximadamente um mês, mais concretamente entre os dias 22 de Dezembro de 2014 a 23 de Janeiro de 2015, a Câmara Municipal do Barreiro perdeu uma oportunidade concreta de conseguir, sem utilização de meios avultados, integrar nos seus quadros Jovens Barreirenses.
De facto, decorreram por todo o País, nesta precisa data, as pré-candidaturas para a promoção de estágios ao abrigo do PEPAL – PROGRAMA DE ESTÁGIOS PROFISSIONAIS NA ADMINISTRAÇÃO LOCAL, candidaturas essas que deveriam ser realizadas por parte das entidades autárquicas.
O PEPAL enquadra-se no âmbito das políticas activas de emprego previstas no Programa do XIX Governo Constitucional e visa cumprir os objectivos e medidas do Plano Nacional de Implementação de uma Garantia Jovem.
A integração de jovens no mercado de trabalho e a melhoria das suas qualificações através da realização de estágios profissionais não foi uma prioridade da Câmara Municipal do Barreiro que optou por não concorrer, de todo, ao PEPAL.
A JSD BARREIRO encontra-se em profundo desacordo com esta opção política tomada pelo executivo camarário.
No passado dia 19 de Fevereiro o assunto foi levado a debate à sessão do Conselho Municipal da Juventude, pelas mãos da actual Presidente da JSD BARREIRO – Patrícia Sabino Ferreira. Foi com um enorme espanto que nos foi respondido em plena sessão pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal do Barreiro que embora esta fosse uma decisão que só à câmara diria respeito (o que desde logo não concordamos, por se tratar de uma excelente oportunidade para qualquer jovem), nunca o Senhor Presidente permitiria que fossem alocados a estagiários lugares que pudessem ser ocupados por quadros do órgão camarário.
Infelizmente, ouvimos o que nunca pensámos ouvir. Para o Senhor Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, um jovem que queira enriquecer o seu currículo, adquirir experiência profissional relevante, e deste modo abrir portas ao seu futuro, será um escravo na medida em que receberia a quantia de 800 € mensais, aproximadamente. Seria um submisso do sistema, e para o Senhor Presidente da Câmara Municipal isso não pode acontecer.
No actual contexto económico e social, repudiamos estas afirmações. Não nos revemos neste pensamento e consideramos que foi perdida uma oportunidade da Câmara Municipal do Barreiro desenvolver, a custo reduzido visto que o programa é comparticipado em 92 por cento pelo Estado através de verbas da União Europeia, um efectivo incentivo ao emprego jovem no Barreiro.
A comissão Política da JSD Barreiro