A administração das Raríssimas – Casa dos Marcos, resolveu no mês de Maio, passar por cima do contrato que tem assinado com os trabalhadores e da responsabilidade social que tem de pagar 5€/dia pelo subsídio de refeição e efectuar o pagamento em géneros, ou seja, o fornecimento da refeição.

 

Pudendo à primeira vista ser uma medida que até possa parecer de preocupação social, para com os trabalhadores, mas acontece que a mesma não tem preocupação alguma, isto porque:

 

Primeiro, penaliza no imediato os trabalhadores em 110€ no salário;

 

Segundo, tal medida visa, com uma cláusula contratual que é social, obter lucro à custa dos trabalhadores, pois o preço da refeição é de 3,5€ (conforme preçário fixado no refeitório), numa conta fácil de efectuar vejamos, a Raríssimas vai poupar 1,5€ por trabalhador/dia, atendendo que a empresa tem 120 trabalhadores (120×1,5€=180€/dia), se considerarmos 22 dias úteis de trabalho mensais (22×180€=3960€), 3960€ mensais é esta a poupança, à custa do atropelo legal que a administração irá ter (lucro fácil com o dinheiro dos trabalhadores);

 

Terceiro, não estão assegurados o fornecimento de jantares e ceias, pois não é com uma sopa, uma sandes ou até mesmo com uma refeição que fica feita, e depois irá ser aquecida, que se garante o digno fornecimento dos jantares e das ceias;

 

Quarto, a pausa para a refeição é para ser efectuada em ambiente de pausa reservada unicamente para os trabalhadores e não para ser efectuada junto com os utentes, ou seja, ou existe um espaço digno e próprio para os trabalhadores efectuarem a sua pausa, ou ao efectuarem a sua refeição junto com os utentes, os trabalhadores estão a prestar trabalho se bem que de forma dissimulada.

 

A União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN, repudia este tipo de comportamento de tão prestigiada entidade, reconhecendo o seu trabalho no campo social e do apoio social que presta, mas não pode deixar de não denunciar, a falta de preocupação que a administração das Raríssimas revela para com aqueles que são a parte mais relevante do trabalho que é prestado.

 

No entendimento da União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN a preocupação social, tem de existir em todos os aspectos, ou seja com os utentes, mas também com quem todos os dias presta o seu trabalho, para que os utentes sejam bem tratados.

 

Vimos por este meio agradecer a divulgação da presente notícia.

 

Sem mais de momento, subscrevemo-nos com os nossos melhores cumprimentos.

 

A C. E. União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN