No âmbito das comemorações dos 500 anos do Foral de Alhos Vedros, realiza-se no próximo domingo, dia 11 de outubro, a partir das 15h, no Moinho de Maré de Alhos Vedros, a sexta conferência aberta do ciclo “A Memória do que Foi, O Registo do que É, O Projeto do que Será”, que irá abordar, entre outros temas, as “Memórias da Indústria Corticeira em Alhos Vedros” e “A Industrialização da Região e as Lutas Operárias”.

O Ciclo de Conferências é promovido pela Comissão Executiva das Comemorações dos 500 Anos do Foral de Alhos Vedros: Câmara Municipal da Moita, Junta de Freguesia de Alhos Vedros, Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros, Centro Paroquial de Alhos Vedros, Alius Vetus – Associação Cultural História e Património, CACAV – Círculo de Animação Cultural de Alhos Vedros e Agrupamento de Escolas José Afonso.

 

Programa da Conferência:

15h – Abertura

15h10 – Memórias da Indústria Corticeira em Alhos Vedros

A comunicação irá basear-se numa consulta realizada aos arquivos históricos da Câmara Municipal da Moita e do Administrador do Concelho, enquadrada na investigação sobre a Margem Sul do Estuário do Tejo, publicada em 1973, por Maria Alfreda Cruz. Incluirá também referências a entrevistas realizadas em Alhos Vedros e uma reflexão sobre o modo como a comunidade local pode preservar esta memória.

Orador: João Augusto Aldeia

15h40 – A Industrialização da Região e as Lutas Operárias

O processo de estruturação do arco industrial da Margem Sul teve no Barreiro, em torno fundamentalmente da CUF, um importante pólo e um importante e subsidiário conglomerado ferroviário, a que se foram associando, na linha Baixa da Banheira até à Moita e prolongando-se ao Montijo, outras indústrias, a montante e a jusante, designadamente a da transformação da cortiça, irradiando a partir daí a configuração de importantes zonas de residência operária como a Baixa da Banheira ou a Moita.

A atividade industrial gerou a formação de várias gerações de operários, oriundos de várias regiões do país, nomeadamente do Alentejo, que, num quadro de exploração e de opressão, protagonizaram importantes lutas operárias e, sobretudo, uma cultura de resistência, disseminada pelas diferentes localidades, entranhada nas coletividades e cooperativas, que se manteve viva ao longo de quase meio século de ditadura.

Orador: João Madeira

16h10 – Debate

17h00 – Encerramento