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Ostra do Sado em recuperação

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Estudo financiado pela The Navigator Company confirma

Ostra do Sado em recuperação

  • Investigadores confirmam a expansão das populações naturais da ostra portuguesa

 

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Os bancos naturais de ostra portuguesa do estuário do Sado têm vindo a recuperar nos últimos anos, segundo um estudo científico patrocinado pela The Navigator Company e realizado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em parceria com diversas instituições especializadas nas áreas do mar e do ambiente.

Tendo conhecido uma elevada importância comercial até ao final dos anos 70 do século passado, a ostra portuguesa do estuário do Sado praticamente desapareceu devido ao aumento da poluição nas águas do rio, associado ao surgimento de patologias graves nas populações e à excessiva exploração do recurso. No entanto, nos últimos anos as populações naturais de ostras têm vindo a expandir-se, o que favorece a sua afirmação como um recurso de elevado potencial económico para a comunidade ribeirinha de Setúbal.    

Foi precisamente com o objetivo de caracterizar o estado atual da ostra portuguesa no estuário do Sado e identificar as principais ameaças e oportunidades para a sua exploração que foi lançado em 2014/2015, com o apoio da Navigator, um projeto plurianual de investigação científica denominado CRASSOSADO, iniciativa que visa estudar as condições de desenvolvimento da ostra portuguesa (Crassostrea angulata) no estuário do Sado.

“Este projeto surge ao abrigo da colaboração existente entre a Navigator e o ICNF, tendo como âmbito o desenvolvimento de um sistema de monitorização da qualidade ambiental do estuário do Sado e das espécies a ele associadas, que teve início em 2010, por um período de dez anos”, explica José Ataíde, Diretor de Sustentabilidade da The Navigator Company, para quem esta colaboração se enquadra “na estratégia de sustentabilidade da Empresa refletida no seu compromisso em desenvolver as comunidades envolventes, respeitando os valores naturais das regiões onde se situam as suas unidades industriais, e contribuir de forma decisiva para a economia nacional.”

Segundo os resultados da fase mais recente do estudo CRASSOSADO, concluída em Agosto passado, foi possível continuar o levantamento dos bancos de ostra no estuário do Sado com amostragens no Esteiro da Marateca e na zona da Carrasqueira. Estas localizações, que se somam às já detetadas numa primeira fase, apresentavam espécimes em bom estado, com indícios de recrutamento e crescimento recente, confirmando-se que os povoamentos de ostra portuguesa neste sistema têm vindo a recuperar a sua área de distribuição inicial.   

Maria de Jesus Fernandes, Diretora do Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas de Lisboa e Vale do Tejo do ICNF, salienta que ”esta fase do estudo deu um especial destaque à determinação de ameaças e oportunidades para a exploração da ostra portuguesa e incluiu a realização de inquéritos aos ostreicultores do estuário do Sado. O nosso intuito é o de contribuir para conciliar a rentabilidade da atividade com a gestão sustentável deste importante recurso natural.”

O conhecimento das necessidades específicas do sector ostreícola permitirá investir na pesquisa das limitações identificadas pelos produtores de ostras ao desenvolvimento da sua atividade, potenciando a transferência de conhecimento e aconselhamento.

Estão assim elencadas algumas linhas de investigação para a fase seguinte do projeto CRASSOSADO, uma iniciativa financiada pela The Navigator Company, que tem como instituições promotoras o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). São instituições participantes no projeto o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), representado pela Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FFCUL), e a Universidade de Aveiro - Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM).

 

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Fonte: LIFT

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