A Câmara Municipal do Seixal lamenta que uma vez mais os munícipes do concelho do Seixal voltem a ficar prejudicados no que concerne à utilização de transportes públicos. Os novos horários nos Transportes Sul do Tejo (TST) que entraram hoje em vigor reduzem e extinguem o número de carreiras, tendo sido suprimidas quatro, bem como diminuem a sua frequência, prejudicando assim os munícipes que utilizam este meio de transporte para se deslocarem no seu dia a dia.
A degradação dos serviços dos TST tem se vindo a verificar no concelho do Seixal nos últimos anos, com uma constante supressão de carreiras e atrasos nos horários, dificultando a vida dos munícipes, pelo que entende a autarquia que é urgente que se reforce a oferta de carreiras, em vez de diminuírem.
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, considera que “se trata de um serviço de extrema importância, para os 170 mil habitantes do Concelho que precisam que os TST, aumentem em qualidade e quantidade os serviços que prestam e não o contrário. Desde há vários anos, que os TST prosseguem uma política de reorganização da rede e de ajustamentos dos horários, carreiras e percursos que, na prática, resultaram em cortes nas carreiras e em menores frequências, reduzindo significativamente o direito à mobilidade “. O autarca acrescenta ainda que “em acréscimo, tem-se também verificado o desinvestimento na frota, quer através da redução do número de viaturas operacionais, quer pela notória falta de manutenção das condições de segurança e conforto dos passageiros, bem como das condições de trabalho dos motoristas do transporte rodoviário. No momento em que os municípios estão a investir na mobilidade e no incentivo à utilização dos transporte públicos, nomeadamente através do passe social intermodal a baixo custo, numa altura em que se coloca como necessário e urgente o combate às alterações climáticas, é incompreensível a medida tomada pela TST”.
A Câmara Municipal do Seixal exige dos TST o cumprimento integral das carreiras previstas e a reposição das carreiras retiradas, bem como a fiscalização e garantia do cumprimento das obrigações de prestação do serviço público por parte da empresa, com a devida articulação por parte da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes, IP, tendo enviado um ofício à Área Metropolitana de Lisboa a solicitar a intervenção nesta matéria.
A Câmara Municipal do Seixal irá enviar também ao Ministério do Ambiente, que tutela a área dos transportes urbanos, um ofício para que sejam rapidamente diligênciadas medidas para reverter esta situação.