O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, os vereadores Sofia Martins, Rui Lopo e Sónia Lobo, e o Presidente da União das Freguesias do Alto do Seixalinho, Santo André e Verderena, Carlos Moreira, reuniram, ontem, dia 6 de novembro, com a população da Verderena no sentido de ouvir os problemas e recolher contributos para uma melhor gestão da Freguesia e do Concelho. Os eleitos tomaram nota das questões enunciadas pelos munícipes e, em alguns casos, marcaram logo reuniões entre a população interessada e os serviços da Autarquia, nos locais referidos, de modo a analisar os problemas e encontrar, em conjunto, possíveis soluções.
No início das Opções Participadas com a população da Verderena, o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro enquadrou o Roteiro da Freguesia, a decorrer desde o dia 3 de novembro. “Temos estado a fazer contatos com as pessoas, com o Movimento Associativo, com a Unidade de Saúde Familiar Ribeirinha, entre outras entidades”. Carlos Humberto de Carvalho salientou que “é importante dar oportunidade às pessoas para falarem sobre os problemas do Concelho”. E dos contatos estabelecidos, o Presidente realçou os problemas mais apresentados pelos munícipes: “algumas ruas com piso mais degradado” e “referências às questões da limpeza num ou noutro local”.
Por outro lado, o Autarca falou sobre a possibilidade de correção de alguns horários dos barcos da Soflusa, “fruto das dificuldades financeiras”. Carlos Humberto de Carvalho afirmou que “não aceitamos que a população destes concelhos ribeirinhos seja prejudicada por esta anunciada limitação de algumas carreiras”, embora, salientou, que esta medida ainda não está confirmada.
Relativamente à zona ribeirinha (Polis), explicou que os proprietários do terreno entraram em falência e que, neste momento, a Autarquia está a ultimar a negociação com o banco “para libertar a garantia bancária no sentido de fazer a zona verde que falta, algumas infraestruturas de águas pluviais, alguns arruamentos e equipamentos, como parque infantil ou zona de merendas. Pensamos que 2015 será o ano para lançar concursos”, referiu Carlos Humberto de Carvalho.
No período de debate, os problemas apresentados pela população prenderam-se, na sua maioria, com o estacionamento desordenado (fruto dos inúmeros veículos particulares que estacionam nesta zona para acesso ao Terminal Rodo-Ferro-Fluvial, em detrimento da utilização dos Transportes Colectivos do Barreiro), a limpeza dos espaços públicos (que, salientaram alguns munícipes, têm vindo a melhorar nos últimos meses), o escoamento de águas pluviais e a poda de árvores.
A população apresentou sugestões para a resolução dos problemas que foram analisadas com os eleitos. Relativamente a questões concretas, como por exemplo a relocalização de contentores ou a necessidade de abate ou plantação de árvores, foram agendadas visitas ao local com os interessados e os serviços e eleitos da Autarquia para analisar de perto os problemas e, em conjunto, encontrarem soluções.
O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro encerrou as Opções Participadas abordando um assunto que tem sido muito falado no Concelho e que suscita dúvidas à população: o Terminal de Contentores do Barreiro. Salientou que este é o único projeto que está a ser estudado na Área Metropolitana de Lisboa, referindo, porém que há “movimentações várias” que apontam outras soluções de localização. A posição da CMB é “sim ao Terminal de Contentores do Barreiro no território da Quimiparque. Sempre estudámos e defendemos a ampliação da atividade portuária no Barreiro. Cria riqueza e emprego e traz mais empresas”. O Autarca salientou que a vinda do Terminal terá de implicar, entre outros aspetos, o tratamento dos passivos ambientais e a criação de acessos rodoviários e ferroviários. E referiu o trabalho que a Autarquia tem vindo a fazer com a Administração do Porto de Lisboa para a realização de estudos económicos, ambientais e urbanísticos, e com as Estradas de Portugal e REFER, no que respeita às acessibilidades.
Encontro com a comunicação social
Ainda no âmbito do Roteiro da Verderena, o Presidente da CMB, e as vereadoras Sofia Martins, Regina Janeiro e Sónia Lobo, bem como os eleitos da União de Freguesias, participaram num encontro com a comunicação social, ontem à tarde, onde foi efetuado um balanço “muito positivo” desta semana na Freguesia. Tal como nas Opções Participadas, os autarcas falaram sobre os problemas mais frequentes, apontados pelos munícipes da Verderena, nomeadamente a varrição e a repavimentação. Explicaram que, em termos de higiene urbana, houve, por força da legislação, uma redução do número de trabalhadores das autarquias, “mas vamos continuar a trabalhar”, no sentido de prestar um melhor serviço à população, salientou o Presidente da CMB. No que respeita a repavimentações, Carlos Humberto de Carvalho referiu que, em 2015, deverão ser incluídas verbas para estas intervenções em determinadas artérias do Concelho e, em particular, da Verderena.
Além de questões como a intervenção na zona ribeirinha, o Terminal de Contentores do Barreiro, os trabalhos de requalificação do parque infantil e das lojas municipais da Praceta D. Duarte, os autarcas falaram também, em resposta a questões dos jornalistas, sobre a situação do Serviço Nacional de Saúde no Concelho do Barreiro, nomeadamente a questão do aumento do número de utentes por médico de família e do número de doentes sem médico nos centros de saúde do Barreiro. Explicaram que os números oficiais apontam para cerca 4 mil e 200 utentes sem médico de família no Concelho, mas salientaram, porém, que os doentes que não foram ao médico de família nos últimos três anos não entram para esta estatística.
Recorde-se que o Roteiro da Verderena termina amanhã, dia 8 de novembro, pelas 21h30, com o Teatro “O Solário”, de Fernando Augusto, pelo Teatro Projéctor, no Auditório da Freguesia da Verderena.