Em outubro de 2019 foi aprovada, em sessão de Câmara, por PS e CDU, uma medida que aumenta para o tripo a taxa de IMI para casas e lojas vazias há mais de um ano. O vereador Bruno Vitorino foi o único a votar contra, afirmando “estar chocado” por uma medida que só serve para penalizar os barreirenses.
“Esta é uma decisão cega, injusta, que serve para obter receita para a autarquia, sem olhar para os problemas e especificidades dos donos das casas e das lojas”, defende.
Para o vereador, a maioria PS/CDU na Câmara Municipal quis ir “aos bolsos dos barreirenses”, tudo por uma “cegueira ideológica”, que trata da mesma maneira o dono de uma pequena loja ou um fundo imobiliário, como se todos os pequenos proprietários fossem ricos.
“Em muitos casos os donos não conseguem arrendar os espaços, por não haver procura, tendo em conta que o Barreiro não tem qualquer dinâmica económica e social, que vá para lá das grandes superfícies”, explica.
“Como é possível um executivo camarário querer penalizar de forma brutal os proprietários destes espaços, muitos deles pessoas idosas e sem recursos, com o aumento do IMI para o triplo, quando estes não têm possibilidade de rentabilizar os seus imóveis, por não haver uma estratégia para valorizar o espaço público, nem o comércio local”, afirma.
Atualmente, quem pague 500 euros de IMI por uma loja vazia junto ao túnel, ou numa zona sem movimento, passará a pagar 1500 euros, por um espaço que não consegue rentabilizar.
“Será esta uma estratégia para obrigar as pessoas a vender o seu património ao desbarato a fundos ou a outros grandes interesses de especulação imobiliária?”, questiona.
O vereador Bruno Vitorino apela aos donos de espaços que estejam nesta situação, que contatem o seu gabinete, nos Paços do Concelho, para lhe fazer chegar os seus casos, expondo a injustiça desta medida.