A Cooperativa Cultural Popular Barreirense associando-se á edição do Livro do Carló, Carlos Alberto Oliveira Jesus, “C.U.F. /Quimigal – Antes e depois de Abril”, presta homenagem a este barreirense, que o foi de alma e coração, que no desporto, na literatura, no movimento associativo, na vida autárquica, bem como profissionalmente dignificou o Concelho do Barreiro.
Apesar disso Falta ainda uma homenagem pública.
A transferência do pai, da CUF – Lisboa, para o Barreiro, trouxe-o para o Bairro das Palmeiras com apenas 6 meses;
fez a instrução primária na Escola da CUF, ingressou na Escola Alfredo da Silva;
Aos 16 anos entra para a CUF como aprendiz de serralheiro, para as Oficinas de Reparação Mecânica;
Quando regressou da tropa, ingressou nos escritórios do Departamento de Trafego, de onde se reformou depois de 38 anos de trabalho na CUF-Quimigal.
Casou com Rosete Duarte dos Santos Oliveira de Jesus, com quem teve um filho e deste uma neta.
O DESPORTISTA
O seu enorme talento e arte pôs ao serviço de uma carreira desportiva no G.D.CUF.
Na CUF, como jogador, foi internacional júnior. Aos 18 anos era já jogador da equipa principal.
É convocado para a Seleção Militar e depois para a Seleção B, chamada Esperanças.
Foi pretendido pelo Sporting e pelo Benfica. A CUF nunca o dispensou.
COMO ASSOCIATIVISTA
Foi um dos fundadores do G.D. 1º de Maio, no Bairro das Palmeiras
Por duas vezes foi dirigente do Clube Naval Barreirense.
Em 1989 foi secretário da Direção do G.D. da CUF.
O AUTARCA
Foi membro da Junta Freguesia do Barreiro, de 1983 a 85 tendo criado o Boletim da J. F. do Barreiro.
Foi membro da Coordenadora Inter-Juntas de Freguesias do Concelho do Barreiro.
Com a criação da freguesia do Alto do Seixalinho, em 1986, foi eleito, nas listas da CDU, para presidente da Assembleia de freguesia, nos mandatos de 1986/89 e 1990/93.
Foi membro da Assembleia Municipal do Barreiro em 1976/79.
O HOMEM DA ESCRITA
A sua paixão pela escrita levou-o a colaborar com os jornais, O Rio, Gazeta de Palmela e Jornal do Barreiro, com escritos de opinião.
É autor de vários livros:
O MEU BAIRRO
– Bairro das Palmeiras onde viveu até aos 19 anos.
Livro que dedicou “aos homens e mulheres que fizeram a época mais relevante, daquele, que foi o Bairro de acolhimento, dos que na luta diária se consumiram, para que os seus filhos subissem ao patamar superior”.
FREGUESIA DO ALTO DO SEIXALINHO, SEUS TOPÓNIMOS
MONOGRAFIA DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO DA FREGUESIA DO ALTO DO SEIXALINHO
DESPORTISTAS ILUSTRES
JULGAMENTO DA MEMÓRIA
PEÕES NO XADREZ IMPERIAL DA CUF
É coautor com António José Ferreira e Armando Sousa Teixeira, do livro “A CUF NO BARREIRO – Realidades, Mitos e Contradições”
que dedicaram “aos trabalhadores da CUF, que com honrada e reforçada dignidade, lutaram pelo pão, ajudaram a fazer a revolução democrática e a trilhar os caminhos de um país novo”.
O TRABALHADOR E ATIVISTA CULTURAL NA EMPRESA
Abril de 1974, marcou-o para o resto da sua vida.
ABRIL e a defesa dos seus valores levaram-no a dar-se todo à sua Empresa e aos seus colegas, trabalhadores da CUF-Quimigal.
Eis o seu percurso dentro da Empresa:
1974 – Em Maio, foi eleito representante dos empregados de escritório da
Empresa CUF
Em Dezembro foi eleito para a CGT, secretário da mesa;
1975 – De novo eleito para a CGT;
Obteve junto da Administração a cedência da antiga sede do G.D
da CUF para sede da CUT;
Negociou com a administração a passagem do Boletim da Empresa r para a administração e direção redatorial da CUT;
Negociou a entrega da direção da Casa da Cultura para a CUT
Depois de recuperado o edifício que foi o cinema Ginásio;
Obteve o financiamento por parte da empresa para o equipamento
De trabalho da sede da CUT;
Redigiu as normas de funcionamento dos órgãos dos trabalhadores
1977 – Eleito Presidente da CGT.
O ATIVISTA POLÍTICO
Tendo aderido ao PCP foi nomeado membro do secretariado da Célula dos Trabalhadores da CUF.
Nesta qualidade foi:
Coordenador político da CUT da empresa CUF;
Coordenador político dos militantes do sector têxtil; dos quadros Técnicos e dos Portuários, bem como dos empregados de escritório da empresa.
1978 – Com a presidência do CGT, acumulou o de Coordenador da Comissão Intersindical dos delegados sindicais da empresa CUF.
1979 – Criou o Boletim (com o Engº. Lince) do G. Desportivo da CUF.
1995/03 – Membro da Comissão para as atividades desportivas do Barreiro.
No próximo dia 8 de Junho de 2019, na sede da Cooperativa Cultural Popular Barreirense, sita na Rua Miguel Bombarda, 64C, no Barreiro, pelas 15,30 horas, far-se-á a apresentação do Livro do CARLÒ “CUF/Quimigal – Antes e depois de Abril”, a empresa química vista na ótica do trabalhador
Carló ”que assim deu o seu contributo para análise de um processo revolucionário, desenvolvido numa grande empresa, como era a CUF, onde os trabalhadores depois de serem, apenas objetos para trabalhar, assumiram com o 25 de Abril de 1974 os destinos da empresa, posteriormente e lentamente boicotados e afastados dessa missão”.
Fonte : Cooperativa Cultural Popular