A Câmara Municipal do Seixal aprovou hoje, dia 11 de maio, em reunião de câmara, uma tomada de posição pela construção do novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete.
O esgotamento da capacidade do Aeroporto Internacional de Lisboa, desde há muito previsível, levou ao estudo de alternativas e a um amplo debate, aos níveis técnico e político, que se desenrolou ao longo de anos. Em 2008, o Governo de então consagrou a solução de construção de um novo aeroporto internacional nos terrenos do Campo de Tiro de Alcochete, que resultou de diversos estudos e mereceu na época um alargado consenso.
Uma infraestrutura de vital importância para o país e sendo, portanto, o interesse nacional o critério primeiro para a tomada de decisões a seu respeito, a localização do novo Aeroporto de Lisboa (NAL) terá sempre um forte impacto no desenvolvimento da região que o acolhe.
Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, refere que “para a região de Setúbal, a localização do NAL no Campo de Tiro de Alcochete é um elemento importante da estratégia de desenvolvimento que os municípios e os atores económicos e sociais da região têm defendido, tanto mais que converge com um conjunto de outros investimentos estruturantes apontados para a região, designadamente a Plataforma Logística do Poceirão, a Terceira Travessia do Tejo, a Alta Velocidade Ferroviária, o Terminal Portuário do Barreiro, entre outros.”
Face ao imobilismo da atuação governativa nos últimos dez anos relativamente ao futuro do Aeroporto de Lisboa, adiando uma solução que se tornava urgente, todos estes projetos fundamentais para o crescimento da região e do país foram adiados indefinidamente.
Prepara-se agora o Governo para confirmar uma opção que, tudo o indica, vinha há muito a ser preparada: a utilização da Base Aérea n.º 6, no Montijo, como terminal complementar do Aeroporto da Portela.
O Município do Seixal rejeita esta intenção considerando que a opção pela Base Aérea n.º 6 no Montijo não é a solução mais adequada nem para o país nem para a região.
Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, reitera que “para a região, esta opção pode significar perder o acolhimento de um equipamento estruturante, capaz de um impulso determinante ao seu crescimento económico, substituída por uma outra, com um investimento comparativamente diminuto, que se aponta como meramente complementar do Aeroporto da Portela.”
A Câmara Municipal do Seixal considera inaceitável que as decisões sobre um projeto desta importância e de grande impacto na região estejam a ser preparadas sem o envolvimento e auscultação dos municípios e das populações.
Para Joaquim Santos, “o que é necessário para o país e região é a construção do novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, opção que responde às necessidades atuais e futuras de Portugal relativamente ao tráfego aéreo, de passageiros e de mercadorias. Esta construção deve ser faseada, podendo envolver ainda durante um período significativo a existência simultânea de dois aeroportos, até à eventual desativação completa da Portela.”
A autarquia reivindica ainda a concretização progressiva dos investimentos estruturantes planeados e acompanhada de uma política assente na dinamização do investimento e da produção nacional, que contribuirá não só para o crescimento económico, o aumento do investimento e do emprego e o desenvolvimento da região, como é de vital importância para o crescimento e o desenvolvimento do país.