Com a aprovação do Orçamento para 2020, o executivo municipal identificou várias prioridades de atuação, das quais se destaca a intenção de reabilitar a área urbana do Barreiro antigo, motivo pelo qual levou a reunião de Câmara, a autorização para contratação de um empréstimo de médio e longo prazo até ao montante de 5 milhões de euros, para reabilitação do espaço público e respetivas infraestruturas desta zona antiga da cidade, que foi aprovada.
Segundo explicou o Vereador responsável pelas Obras Municipais, Rui Braga “trata-se de uma consulta ao mercado, do início de um processo que queremos que seja participativo, que envolva as contribuições da população da zona e de todas as forças políticas sobre aquilo que vai ser a evolução deste projeto, dada a sua importância. A ideia da Autarquia é direcionar esforço financeiro para conseguir ter um projeto global que dê resposta aquilo que é a renovação do nosso Barreiro antigo”, explicou.
Refere a proposta que “a zona histórica do Barreiro é atualmente uma das áreas mais degradadas do Concelho com mais concentração de edifícios degradados, em ruínas e demolido, cujos 339 alojamentos devolutos já correspondem a cerca de 20% do total dos alojamentos”. Motivos que levam o autarca a sublinhar “o quão positivamente se influencia as dinâmicas socioeconómicas do centro da cidade, se o Barreiro antigo estiver reabilitado”.
Mais informa a proposta, aprovada na última reunião de Câmara, que a CMB quer cumprir com a sua “responsabilidade de qualificação da área urbana preparando o território para novos investimentos”. No que a este tipo de empréstimos de médio e longo prazo para aplicação em investimentos diz respeito, se estes forem destinados exclusivamente ao financiamento da contrapartida nacional de projetos com comparticipação dos Fundos Europeus Estruturais (FEEI) ou outros fundos de apoio aos investimentos inscritos no Orçamento da União Europeia, não revelam para a capacidade de endividamento do Município, pelo que será uma prioridade a procura de candidaturas para concretização das ações previstas a concretizar neste investimento, igualmente, como uma forma de assegurar a totalidade da verba prevista.
Na opinião do Vereador Bruno Vitorino, “qualquer estratégia para a revitalização e regeneração de uma zona velha de uma cidade precisa de ter uma estratégia pública e precisa de investimento privado. Precisamos de estudar, fora das linhas do investimento público sobre o que precisamos e podemos ter de parceiros privados que se envolvam neste projeto. O que nos é pedido é uma autorização para consultarmos o mercado, não para aprovarmos um empréstimo. Precisamos de saber quais são as condições que o mercado nos dá para quando tivermos uma estratégia”, defendeu.