Na passada sexta-feira, 25 de Setembro, o LIVRE / TEMPO DE AVANÇAR encheu com cerca de centena e meia de apoiantes a sala da Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, em Almada, para um comício que contou com intervenções de Renato Carmo, Daniel Oliveira, Ana Drago, Rui Tavares, Manuel Martin Garcia (Presidente da Federação das Associações de Defesa da Saúde Pública em Espanha) e Isabel do Carmo.
Renato do Carmo, 2.º candidato na lista por Setúbal evidenciou na sua intervenção a inovação trazida à política portuguesa pelo LIVRE / TEMPO DE AVANÇAR com a construção de um programa eleitoral aberto à participação dos cidadãos, afirmando que o LIVRE / TEMPO DE AVANÇAR tem o mais participado programa eleitoral da democracia portuguesa.
Ana Drago, candidata por Lisboa, frisou por seu lado o falhanço do governo em atingir as metas a que se propôs relativamente ao défice, que, em 2014 ficou em valores idênticos aos de 2011 devido ao resgate do BES. Hoje, disse Ana Drago “sabemos a conta que nos foi apresentada por Ricardo Salgado e Pedro Passos Coelho, 4,9 mil milhões de euros”, valor que fica abaixo dos 4 mil e seiscentos milhões de euros que os últimos governos cortaram em subsídios, salários da função pública e despedimentos nos anos de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014.
Rui Tavares, cabeça de lista em Lisboa, defendeu na sua intervenção que a esquerda não pode apenas estar junta para lamentar a perda de direitos e que o LIVRE / TEMPO DE AVANÇAR serve para unir a esquerda, e pôr a esquerda a falar entre si e que um grupo parlamentar do L/TdA será uma “lembrança permanente” ao resto da esquerda que a mensagem do eleitorado é que a esquerda se deve entender. A partir de 4 de Outubro, quando o LIVRE / TEMPO DE AVANÇAR estiver no parlamento, este irá defender a segurança social e não permitirá que se cortem pensões, irá colocar à discussão a resolução dos problemas de endividamento das famílias e das pequenas e médias empresas e irá fazer frente à captura do Estado pelos interesses privados. Rui Tavares recusou o discurso do medo com que a coligação entre PSD e CDS pretende assustar os eleitores a manterem uma pretensa estabilidade, lembrando que “o medo não liberta”.
“Nós somos a mudança” foram por sua vez as palavras de ordem de Isabel do Carmo, cabeça de lista por Setúbal, que recordou na sua intervenção os tempos em que os trabalhadores das fábricas da margem sul do Tejo aspiravam a conseguir pagar os estudos aos seus filhos. Estes filhos são hoje precários e são eles os novos explorados, fruto da política de austeridade e da perda de direitos, e cuja proteção é uma prioridade do LIVRE / TEMPO DE AVANÇAR. Isabel do Carmo criticou a ideologia da desigualdade de PSD e CDS, que vê na perda de direitos a motivação concorrencial para uma economia mais competitiva. A médica criticou igualmente o encerramento de serviços locais de saúde que “atafulham” as urgências hospitalares, defendendo a contratação de mais médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, e recusando que estas medidas sejam despesistas já que uma urgência hospitalar sai 3 ou 4 vezes mais cara ao contribuinte que uma consulta num centro de saúde. “Somos a esquerda que faz as contas” defendeu Isabel do Carmo, “porque pretendemos efetivamente pôr em prática as nossas propostas”.