Candidatura de Daniel Justo juntou dezenas de socialistas em jantar
O Ginásio Atlético Clube acolheu, na última sexta-feira, dezenas de militantes e simpatizantes socialistas num jantar que serviu para apresentar Daniel Justo e a sua equipa candidata à União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, às autárquicas de dia 1 de Outubro.
O evento, que teve como palavra de ordem ”Confiança”, contou com a presença da Deputada à Assembleia da República e candidata à Assembleia Municipal da Moita, Eurídice Pereira, do Presidente da Concelhia da Moita do PS, Carlos Albino, do candidato à Câmara da Moita, Luís Chula e do presidente da Juventude Socialista da Moita, João Palma.
Confirmada estava a presença de Porfírio Silva, membro da Comissão Permanente Nacional do PS que, por motivos profissionais de última hora não pode comparecer deixando, no entanto, uma mensagem de apoio e incentivo a Daniel Justo e toda a sua equipa.
No primeiro discurso da noite, o presidente da Juventude Socialista da Moita, começou por falar do potencial humano que, tanto o Vale da Amoreira como a Baixa da Banheira, têm mas que não é aproveitado. “Esta é uma freguesia culturalmente vibrante, economicamente próspera, com as condições ao nível dos serviços e do espaço público para viver bem. Isso não é, porém, possível com o poder político acomodado que nos governa, com uma política reativa estagnada”, afirmou.
João Palma salientou que o PS acredita no potencial destas pessoas e destas freguesias e que por isso acreditam num projeto político “capaz de realizar a mudança que é necessária para que seja possível atingir esse potencial”, recordando que o Partido Socialista começou já a fazer a diferença na Baixa da Banheira “com o governo PS a dar resposta à urgência que é a construção de um Centro de Saúde com as condições para servir as populações destas duas freguesias”.
O jovem socialista mostrou-se ainda preocupado com a área social onde, diz, haver muito por fazer. “Quando temos 1600 crianças por dia, no nosso concelho, que precisam de recorrer às cantinas escolares para comer e, sem que tal seja possível no verão, a resposta do presidente da Câmara da Moita é de que, como as famílias estão de férias não há problema, algo vai muito mal”.
“Basta de desculpas”, foi o mote do discurso de Carlos Albino, referindo-se à “incompetência e incapacidade dos eleitos pelo PCP/CDU” dar resposta às necessidades da população. “Se antes se desculpabilizavam com o governo quando algo corria mal, agora tudo já serve para mascarar a sua incompetência e falta de capacidade. É disso exemplo mais recente, as Festas em Honra de
São José Operário festas que, outrora, foram uma das mais importantes da região e, hoje, são uma ténue sombra dos tempos áureos”.
O Presidente da Concelhia da Moita quis, ainda, deixar algumas questões no ar, acerca da gestão PCP/CDU. “Qual é agora a desculpa para permitirem que, nas obras que tutelam, não sejam respeitada a legislação no âmbito da higiene e segurança no trabalho, colocando em risco a vida dos trabalhadores? Para as atas das Assembleias de Freguesias da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, não estarem disponíveis na página de internet para consulta, estando o espaço ‘em construção’ há quase quatro anos? Para os óleos usados guardados no cemitério do Vale da Amoreira? Para a deslocalização de fábricas, como a Intrósis que opera na área da robótica, para concelhos vizinhos?”, pergunta, ao mesmo tempo que acrescenta que “é tempo de olharmos em frente, traçando objetivos que nos levarão a mudar com
confiança o atual estado do concelho”.
Eurídice Pereira iniciou a sua intervenção com um especial enfoque numa palavra que a deputada entende ser de extrema importância. “Há pouco uma jovem dizia que é preciso mudar para que haja progresso e felicidade. Progresso é, com certeza, muito importante para o concelho, mas a mim, tocou-me, particularmente, a palavra felicidade. Porque só se é feliz na vida
quando se vive num espaço que nos transmite essa felicidade. E o que a CDU fez, ao longo dos mais de 40 anos de governação neste concelho, foi tudo menos tornar a felicidade num direito de todos”, salientou, reforçando a ideia de que o principal objetivo do Partido Socialista, nesta campanha eleitoral, “não é só ganhar as eleições, é ganhar porque sentimos a necessidade de construir um concelho melhor, para que possamos todos, sem exceção, ser mais felizes”.
A deputada socialista considera este um importante objetivo, uma vez que concelho da Moita é, dos 13 concelhos do distrito, um dos mais populosos, não lhe sendo, no entanto, atribuída essa importância. “Nós temos tendência a falar de Almada, Seixal, do Barreiro, como concelhos de dimensão, mas quando chega à Moita, não sabem exatamente onde é que fica, não sabem o que há para visitar. Porque, a gestão comunista, ao longo destas mais de quatro décadas no concelho da Moita, quer, precisa, deseja que quanto menos gente informada existir, quanto menos gente com capacidade de debater, de se rebelar existir, tanto melhor. É isso que possibilita que continuem a ganhar com um quinto dos votos dos eleitores e com 60 por cento da abstenção neste concelho. Aliás, a abstenção é o grande aliado do Partido Comunista. Porque, sempre que vão mais pessoas votar, e isso acontece nas legislativas, o PS ganha”.
Eurídice Pereira fez ainda referência ao discurso de António Costa, aquando da apresentação da recandidatura de Nuno Canta à Câmara do Montijo, recordando que “a Península de Setúbal, do ponto de vista comparativo a nível europeu, é a que menos converge no desenvolvimento. E é esta sub-região que tem a marca do Partido Comunista e que, em termos comparativos com a
Europa, mais atraso tem”, adiantando ainda que daqui advém uma outra conclusão. “Se a Península de Setúbal tem esta comparação de atraso, sabem quem é que está na cauda desta desgraça e desta miséria? É o concelho da Moita. E isto é mais que motivo para Mudar com Confiança”, afirmou, apelando ainda para que toda a população se desloque às urnas no próximo dia 1 de Outubro.
Luís Chula iniciou o seu discurso falando da decadência das muitas habitações e pátios destas duas freguesias, salientando a importância da existência de Programas de Incentivos à Reabilitação Urbana, mas uma das suas grandes preocupações centrou-se na debandada dos alunos destas freguesias para escolas do concelho vizinho. “O que se passa é que os jovens sentem-se mais atraídos pelas escolas e pela vivência juvenil do concelho do Barreiro e escolhem este local para estudar, divertir-se e criar laços de proximidade social num outro ambiente, com outras ofertas culturais”, salientou, adiantando ainda que o PS irá tomar algumas medidas para contrariar esta situação entre as quais, um Programa de Bolsas Escolares que também irá abranger o ensino Universitário.
O candidato à Câmara da Moita mostrou-se indignado pela falta de sensibilidade da autarquia em relação ao apoio social, dizendo que esse tem sido remetido para as Instituições de Solidariedade Social e para a rede em que se inserem, ficando o município aquém do papel social que lhe cabe. “Há crianças que se alimentam quase exclusivamente com refeições que tomam nas escolas e que, no período de férias, não têm onde comer. Connosco, haverá uma escola por Freguesia, cujo refeitório funcionará durante as férias e dará uma refeição a cada criança que de tal necessite”.
Outro dos assuntos que mereceu a preocupação de Luís Chula, foi a falta de adesão, por parte dos médicos, ao concurso lançado para o novo centro de saúde. “O tão ambicionado novo centro de saúde já está protocolado com o Ministério da Saúde e a Câmara Municipal e, há já alguns meses, foram lançados concursos para a contratação de mais médicos os quais, infelizmente,
não tiveram inscrições. Acerca disto, deveríamos todos fazer uma necessária reflexão”.
Daniel Justo, que volta a ser cabeça de lista pelo Partido Socialista à União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, diz que este é um tempo de mudança. “Se há quatro anos me apresentei sob o lema ‘Basta de Falar, é Preciso Mudar’, nestas eleições é preciso fazer muito mais. É preciso mudar, mudar com confiança, mudar com determinação, mudar com os olhos postos no futuro, para uma melhor freguesia, onde as pessoas contam, onde não são meros números, sempre na expectativa que as coisas melhorem”.
O candidato diz que esta deve ser uma luta de todos os dias e pede aos banheirenses e amoreirenses para que acreditem nos ventos de mudança deixando, no entanto, bem claro que não faz promessas. “Antes quero estabelecer compromissos que abarquem todos, quero que a luta diária seja uma afirmação das propostas do PS para esta União de Freguesias, quero que
as crianças, assim como os idosos e todos os que aqui vivem e trabalham, encontrem uma terra de esperança e de confiança no futuro”.
Daniel Justo voltou a centrar atenções nos números da abstenção e apelou ao voto nas próximas eleições autárquicas. “É urgente ir às urnas no próximo dia 1 de Outubro porque, o voto, hoje como ontem, continua a ser democraticamente, a arma do povo”.
O secretariado da Concelhia da Moita do Partido Socialista