Decorreu, no dia 21 de outubro, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca em Santiago do Cacém, o lançamento da obra “Vinte Mil Léguas de Palavras” de Luís Cunha, vencedora do XI Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca. Um livro editado pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém (CMSC) e pelas Edições Colibri. Para além do vencedor do Prémio, marcaram presença o Presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha e a representante do júri, Paula Rodrigues.
Luís Cunha, professor na Universidade do Minho e antropólogo, concorreu com o pseudónimo Jóice, em conjunto com mais setenta e duas obras apresentadas a concurso. A coletânea vencedora reúne vinte contos, todos eles com mil palavras.
O vencedor do Prémio, Luís Cunha, agradeceu à CMSC, valorizou o concurso e a importância do mesmo “dever ser mantido e aprofundado, por romper com o facto de ser difícil de editar ”. O autor revelou a sua “imensa satisfação e orgulho por, ao vencer este concurso, ficar com o meu nome associado ao de Manuel da Fonseca”. Este livro, “deixa de ser do autor e passa a ser de quem o lê e tem o mérito de um enredo criativo, que leva os leitores a encontrarem-se nessa imaginação.”
O Presidente da CMSC, Álvaro Beijinha, recordou Manuel da Fonseca como “figura ilustre da literatura portuguesa, natural de Santigo do Cacém”. Álvaro Beijinha sublinhou ainda “que este prémio para além de homenagear e dignificar o nome de Manuel da Fonseca, pretende dar a conhecer autores da língua portuguesa”,
O Presidente da CMSC congratulou-se com o número de obras a concurso e realçou a importância da edição em papel das obras premiadas, em cada edição, como forma de estimular a leitura e divulgar os livros, numa época em que as novas tecnologias ganham terreno.
Foi por consenso entre os elementos do júri a escolha da obra vencedora pela “eficácia do mecanismo estrutural adotado, já que todos os contos têm exatamente o mesmo tamanho – mil palavras – e a capacidade de criar desenlaces interessantes para resolver os diferentes enredos”, bem como a “capacidade de criar narrativas de leitura fluída, apesar da linguagem trabalhada e dos distintos ambientes produzidos” foram as fundamentações que levaram o júri, constituído pelo crítico literário e jornalista João Morales, pelo autor e vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Correia Tavares, e pela mestre em estudos portugueses e professora, Paula da Graça Rodrigues, a atribuir a Luís Cunha a vitória no concurso.
Carla Fonseca e Margarida Peredo, técnicas das Bibliotecas Municipais. fizeram uma leitura dramatizada do conto “Espelho Meu” que integra a obra “Vinte Mil Léguas de Palavras”.
Fonte: Câmara Municipal de Santiago do Cacém