Os deputados do PS eleitos por Setúbal anunciaram esta quarta-feira ter questionado o governo sobre a construção de vias rodoviárias fundamentais para a população que “tardam em ser construídas”.
No requerimento endereçado ao Governo, os deputados socialistas referem que “o distrito de Setúbal tem sido dos mais prejudicados pelo atual Governo”, sublinhando que no distrito há “constantes retrocessos, hesitações e adiamentos de construção de infraestruturas rodoviárias, que se encontram planeadas, algumas já iniciadas, mas que nunca mais são concluídas”.
“Quando é que serão retomadas as obras, que ainda se encontram por concluir, relativas aos lanços do IP8/A26?; Qual será o prazo para conclusão das mesmas?; quando é que se iniciam os trabalhos de reabilitação do troço do IC 1 Alcácer do Sal/Grândola? Qual é o prazo para a execução dessas obras? Está prevista a abertura de novo concurso para a reformulação da ligação ao Lousal – IC 1?”, questionam os deputados.
Relativamente à construção dos troços do IP8/A26 e à requalificação do IP2 (Sines – Beja), os representantes socialistas relembram que “as obras foram canceladas por determinação das Estradas de Portugal, S. A. após ter celebrado um acordo com a subconcessionária em claro prejuízo das populações e autarquias”.
No caso do IC 1, entre Alcácer e Grândola, os socialistas frisam que o “Governo chegou a dar instruções para a suspensão das obras, com as mesmas já suspensas, ilibando a concessionária e prejudicando, de forma clara, as populações, mantendo as vias degradadas, em condições inaceitáveis, colocando em risco a segurança de todos os utilizadores”.
Em relação ao Nó do Lousal, e já após a publicação em Diário da República do respetivo procedimento concursal, o executivo optou “por anular o processo evocando que a intervenção tinha deixado de ser prioritária, contrariando os anseios das populações.”
A deputada da Comissão Parlamentar de Economia e Obras Pública, Eurídice Pereira, reitera que constatou da parte do Governo “uma preocupação maior as concessionárias do que com as populações, com o crescimento económico e com o desenvolvimento do país, continuando a discriminar as populações e dificultando o seu acesso à mobilidade rodoviária em segurança”.
“Em vez que resolver os problemas de circulação rodoviária, o Governo preferiu os anúncios constantes de que as obras iriam recomeçar, ou iniciar-se, mas continuamos a assistir a uma total inércia no cumprimento das obrigações com as populações.”, remata.