Na entrevista ao canal de televisão TVI, o candidato à Presidência da República e atual Presidente daRepública, quando questionado sobre o número de pessoas que devem estar à mesa na época do Natal, apenassoube responder como seria o seu Natal. E segundo o próprio, nos dias 23, 24 e 26 de Dezembro vai estar comdiferentes agregados familiares, no entanto, com apenas 5 pessoas à mesa, ou seja, se não tivéssemos emplena pandemia dava a entender que vivemos tempos normais.
Vamos aos factos, no dia 17 de Dezembro de 2020, o Presidente da República decretou a renovação doestado de emergência, e este inclui o crime de desobediência. Marcelo Rebelo de Sousa apelou ainda, ao”bom senso”, de forma a que no mês de Janeiro não tivéssemos um agravamento da situação da pandemia.
O cidadão após este apelo, reconsiderada e debate entre a sua família, como deve ser feito Natal, por forma a conter o vírus, diariamente, nas televisões e jornais, é reportado casos de cidadãos com um Nataldiferente do habitual, contudo, a mesma pessoa que pede bom senso à população parece que vai apenasdividir as mesas no Natal, mantendo o contacto com toda a família.
Assim, venho aqui deixar outro apelo e uma previsão:
- Um aviso: este Natal não deve ser igual aos outros, não devemos, infelizmente, estar com toda a nossafamília, porque devemos pelo menos manter “bom senso”.
- Uma previsão: Em janeiro, o senhor presidente da República vai dizer que os cidadãos não se portaram bem durante o Natal.
Vamos a outro facto, o Tribunal de Oliveira de Bairro proíbe crianças acolhidas em lares de visitarem assuas famílias no Natal, e a opinião pública divide-se porque por um lado temos a defesa dos direitos destas crianças, bem como, a sua afectação psicológica, por outro lado, temos a questão do “bomsenso” porque esta medida foi aprovada com fundamentos epidemiológicos em concretos, sendo medidasde contenção da pandemia.
O senhor Presidente da República, neste caso em concreto, seguiria o “bom senso” ou iria defender os direitosdas crianças dos lares? Não sei, neste momento, penso que depende a quem é colocada a pergunta, se aocandidato ou ao atual presidente.
Incoerência, uma palavra que penso que define o mandato do atual Presidente da República, apesar disso, asua concorrência está muito aquém, e por isso, acho que para Portugal, muito infelizmente, o que tem demelhor para Presidente da República é um cidadão incoerente. Por isso, pergunto, e se todos os cidadãos portugueses seguissem o conselho do seu Presidente da República?
Ricardo Guerra