Foi um final de semana intenso com as finais da Taça de Portugal e da Taça da Liga. Aliás, pode-se dizer que este fim-de-semana foi o fim-de-semana das Taças um pouco por essa Europa fora. Na 6.ª feira teve lugar em Coimbra a final da Taça da Liga entre Benfica e Marítimo e que representava o segundo encontro entre as duas equipas na mesma semana. O Marítimo corrigiu muitas das falhas que tinha tido no jogo para o campeonato e apareceu agressivo mas ao mesmo tempo mais concentrado e a conseguir anular as principais peças atacantes do conjunto de Jorge Jesus. Contudo, acabou por ser o Benfica a marcar primeiro aos 37 minutos por intermédio de Jonas dando assim a vantagem aos Encarnados no fim da primeira parte.
Na segunda parte, o Marítimo fica reduzido a 10 jogadores logo aos 48 minutos com a expulsão de Raul Silva e tudo parecia resolvido para o Benfica mas a equipa Madeirense bateu-se bem e acabou por empatar aos 56 minutos através de um golo de João Diogo e podia ter chegado à vantagem aos 61. A partir daqui assistiu-se a um festival de golos falhados do Benfica, alguns até de forma escandalosa. A dez minutos do fim apareceu o herói improvável, Jonas andava atrapalhado com a bola quando Ola John (muitas vezes criticado na Luz) decide aparecer de repente e atira com força para o fundo da baliza de Salin, até ao fim do jogo não houve mais nenhum lance de grande destaque. O Benfica conquista assim a sua 6.ª Taça da Liga e termina a temporada com 3 títulos conquistados apesar das muitas saídas de jogadores importantes e de muitas lesões ao longo da época.
Mas a final com mais história do futebol Português aconteceu este domingo no Jamor, e que final! No Jamor estiveram duas excelentes equipas com bons valores individuais e vontade de levar o troféu para casa. Aos 15 minutos, Cédric complica e comete uma grande penalidade sobre Djavan quando este ia isolado para a baliza e deixa o Sporting a jogar com 10 jogadores. Éder não desperdiçou a grande penalidade deu vantagem aos Bracarenses deixando o Sporting em desvantagem e a ter que jogar com menos um jogador durante 75 minutos. Tudo se complicou mais ainda quando Miguel Lopes perdeu um lance com Rafa deixando o jogador do Sp. Braga isolado frente a Rui Patrício que aproveitou para fazer o 2-0, resultado com que se chegou ao intervalo.
Apesar da desvantagem de dois golos, a iniciativa do jogo pertenceu sempre ao Sporting e foi a equipa Lisboeta que foi dispondo de boas chances de marcar na partida. O Sp. Braga acabou por “se colocar mais a jeito” e foi dando a ideia de que estava certo que a vitória já não fugia mas o futebol não é uma ciência exata, é um jogo, e num jogo tudo pode acontecer. O guarda-redes dos Minhotos, que estava a rubricar uma brilhante exibição, saiu mal da baliza e não se conseguiu posicionar a tempo para evitar o golo de Slimani a seis minutos do final da partida. O Sporting começou a acreditar mais e a defesa do Sp. Braga tremeu até que ao minuto 92 deixou passar Montero que não teve problema em empatar a partida deitando um verdadeiro balde de água gelada sobre a equipa Bracarense e levando o jogo para prolongamento.
No prolongamento notou-se o desgaste físico das duas equipas e pouco houve a registar a não ser um remate em arco de Nani que quase deu golo e uma excelente desmarcação de Salvador Agra que rematou para uma grande defesa de Rui Patrício quando este já estava em evidentes dificuldades físicas. Nos penaltis, o Sporting foi tremendamente eficaz conseguindo enganar sempre Kritciuk, já o Sp. Braga marcou só uma grande penalidade e acabou por desperdiçar três, uma defendida por Rui Patrício e duas que passaram ao lado da baliza do Sporting.
Num jogo impróprio para cardíacos, o Sporting acabou por merecer a vitória por ter sempre acreditado que poderia vencer o jogo, o Sp. Braga sai severamente castigado depois de ter estado a vencer por dois golos de diferença e com mais um jogador durante quase todo o jogo, não se entendeu com estas condições favoráveis o facto dos Bracarenses se terem remetido à zona defensiva quando tinham tudo para atacar a baliza de Rui Patrício. Fica aqui mais uma grande lição de que os jogos só terminam quando o árbitro apita mas falando no geral, as equipas às vezes parecem que não se apercebem disso.
Terminou assim a época 2014/15 mas o futebol Português ainda não vai parar. Está a decorrer na Nova Zelândia o Mundial de Sub-20 no qual participa Portugal e no dia 13 de Junho vai decorrer um importante jogo de apuramento da Seleção para o Europeu de 2016 em França, Portugal visita a Albânia, equipa que impôs a única derrota a Portugal nesta fase de apuramento.
Ricardo Santos
Marketeer