Politécnico de Setúbal confirma-se hoje como “referência no ensino superior”
“Família IPS” reuniu-se para celebrar 38 anos de vida
Setúbal, 12 de outubro de 2017 – Honrando o passado, sem perder de vista o futuro. Foi esta a ênfase dada às celebrações do 38.º aniversário do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), na já tradicional sessão solene do Dia do IPS que marcou também, no passado dia 9 de outubro, a abertura do novo ano letivo, com toda a comunidade académica reunida no auditório nobre da instituição.
Já depois de ter inaugurado a série de retratos a óleo com que, simbolicamente, este ano se prestou homenagem aos antigos presidentes da instituição de ensino, o atual detentor do cargo, Prof. Doutor Pedro Dominguinhos, iniciou o seu discurso sublinhando o papel “crucial” da memória nas organizações e manifestando a sua gratidão por “toda essa massa humana que construiu o IPS” nestes quase 40 anos de vida, incluindo docentes, trabalhadores não docentes, diplomados e dirigentes.
E sem esquecer os alicerces, avançou para o presente num “prestar de contas” próprio de um final de mandato, ao explicar por que razões o lema “Ser uma referência no ensino superior”, visão do plano estratégico aprovado em 2016, é hoje mais uma confirmação do que um mero desejo.
“O ano letivo de 2017/2018 representa uma consolidação sustentada no crescimento dos novos estudantes. Matricularemos cerca de 2 350 estudantes”, anunciou, considerando que a meta dos 6 000 estudantes fixada para o final de 2018 pode estar mais perto de alcançar. “Estamos convictos de que será possível alcançar este valor já no final de 2017”, tendo em conta, não só o “crescimento dos novos estudantes, mas também a redução do abandono escolar que tem vindo a verificar-se nos últimos anos”, informou o presidente do IPS, elencando vários sinais de que a instituição está no rumo certo, como prova o lugar de “segunda instituição politécnica a nível nacional com a mais baixa taxa de desemprego entre os seus diplomados”.
Entre outras apostas, o Prof. Doutor Pedro Dominguinhos referiu a utilização de metodologias pedagógicas mais ativas; a atividade dos centros de investigação, seis atualmente; os projetos I&D, perto de 20 à escala nacional e internacional; ou os projetos com a comunidade, destacando-se a formação de 15 mil professores primários em Angola ou o desenvolvimento de competências de programação e robótica junto de 5 000 alunos do Ensino Básico a nível nacional. O responsável lembrou ainda o apoio ao desenvolvimento de projetos empresariais, materializado na incubadora de negócios IPStartUp, de onde saiu, aliás, o vencedor deste ano do Concurso Nacional Poliempreende.
Na mesa de oradores, esteve também presente a Profª. Maria Emília Brederode Santos, recentemente eleita presidente do Conselho Geral do IPS, que definiu este órgão como “uma espécie de amigo crítico, que tem um olhar de fora e pode detetar fraquezas ou dificuldades, pode questionar, alertar, mas sempre dentro de uma perspetiva construtiva e apoiante”, propondo-se assim a contribuir para “um IPS cada vez mais útil e enriquecedor para o distrito de Setúbal e para os seus habitantes”.
Por seu turno, a vice-presidente da Associação Académica do IPS (AAIPS), Inês Silva, referiu-se à instituição de ensino como “uma família que se apoia nos momentos difíceis e que se alegra com as vitórias pessoais de cada um”, e reiterou o compromisso do órgão representante dos estudantes. “A nossa prioridade continua clara: melhorar as condições dos estudantes do IPS e dessa forma ajudar a construir um IPS cada vez melhor”.
Na oração de sapiência, a Profª. Lucília Nunes, docente da Escola Superior de Saúde (ESS/IPS), escolheu dissertar sobre o temática da Responsabilidade, um dos três valores assumidos nos estatutos da instituição, lembrando que ser responsável significa ser também livre na medida em que implica, na origem, tomar decisões e, por isso, ter a possibilidade de escolher entre vários caminhos. Neste desafio de ser livre, esbarramos na nossa “circunstância”, como disse Ortega y Gasset, mas podemos e devemos ir mais além. “Compreender a circunstância mas superá-la, ir além dela, ligá-la ao futuro. Por isso a frase completa é Eu sou eu e a minha circunstância e, se não a salvo, não me salvo a mim”, defendeu.
Depois dos discursos, o programa comemorativo prosseguiu com o reconhecimento de todos aqueles que trabalharam em prol do IPS. Foram entregues medalhas aos trabalhadores docentes e não docentes que completam 20 anos ao serviço do IPS, aos novos Doutores e Professores Especialistas, à excelência de desempenho dos trabalhadores não docentes e aos trabalhadores aposentados no ano anterior. Foram ainda distinguidos os graduados com melhor mérito académico, os vencedores do concurso regional Poliempreende e os diplomados que se evidenciaram no seu percurso profissional, com o Prémio Carreira alumniIPS.
Créditos das imagens: GICOM-IPS