Chegou ao fim, domingo, 23 de julho, a Feira Quinhentista de Coina, no Concelho do Barreiro. A 2ª edição deste evento, que contou com milhares de visitantes de várias zonas do País, foi marcada por um momento representativo, de elevado valor e sentimento, com a inauguração, na noite de sábado, dia 22, da Memória Histórica do Pelourinho de Coina. Trata-se da reposição de uma reconstituição do símbolo de municipalidade reportando a uma época em que Coina era um entreposto de passagem obrigatória.

 

A denominada Memória Histórica do Pelourinho de Coina foi, agora, erigida um século depois do desaparecimento do original (1917-2017) e a poucos metros da sua localização. Estava, originalmente, situado junto à Rua Professora Maria Rita Amaro Duarte, no espaço onde se encontra, atualmente, uma rotunda, mas, por questões de segurança, teve que ser colocado poucos metros a Sul. A Cerimónia de inauguração, que contou com “guarda de honra”, formada por dois elementos do grupo de animação Espada Lusitana, estava, também, integrada na programação Feira Quinhentista.

 

“Finalmente a Vila de Coina tem o seu Pelourinho” que explica a “importância que a nossa Vila teve há centenas de anos”, referiu, na inauguração, a Presidente da União das Freguesias de Palhais e Coina (UFPC), Naciolinda Silvestre.

 

500 anos do Foral Manuelino

Esta “evocação histórica” é o “culminar das Comemorações do Foral de Coina”, salientou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro (CMB), Carlos Humberto de Carvalho, lembrando que o Pelourinho foi reposto “porque a população de Coina assim o desejou”.

A 15 de fevereiro de 2016, recorde-se, assinalou-se o aniversário dos 500 anos do Foral de Coina, atribuído por D. Manuel, em 1516, a este antigo Município, Freguesia, na atualidade, integrante do Município do Barreiro.

As comemorações do meio milénio decorreram durante o ano de 2016 prosseguindo em 2017. Incluíam várias atividades, entre elas iniciativas com a população escolar, a realização da 1ª edição da Feira Quinhentista, o lançamento do livro de investigação histórica “Foral de Coina – 1516”, da autoria de José Manuel Vargas, e, agora, a reposição do Pelourinho de Coina, obra da responsabilidade da CMB e da UFPC, executada pela empresa de Alcobaça «Gárgula Gótica» que labora nas áreas de cantaria, restauro e da conservação de monumentos em pedra.

 

A evocação da centralidade de Coina foi transversal nas intervenções. Coina foi, refira-se, uma grande interface de mobilidade tendo conquistado uma considerável dimensão do ponto de vista empresarial, logístico e comercial, facto que dinamizou a sociedade de então.

 

A animação da Feira esteve a cargo de 80 artistas e animadores.

GRUPOS DE ANIMAÇÃO:
ANIMA VOX – música coral e instrumental da Renascença
ANIMAREGNUM – teatro de rua
ANIMAL EXPERIENCE – aves do Novo Mundo
AREFINA – profissões da época
COLIBRI – música de inspiração medieval
GAITEIROS DUMTRAGO – música de inspiração medieval
COMPANHIA AL-NAWAR – dança oriental
ESPADA LUSITANA – exercícios de combate apeado, mesa pedagógica e acampamento
FAZENDA DOS ANIMAIS – exposição de animais da quinta, aves de rapina e demonstração de voo livre.
GRUPO DE DANÇAS ANTIGAS DE ALHOS VEDROS – danças renascentistas
GRUPO DE DANÇAS ANTIGAS CORVOS DO CONDE – danças medievais
LE PERSIL NOIR – animação de rua e espetáculo de fogo
LEONOR e os gansos
MINERARTE – acampamento das 3 culturas (árabe, cristã e judaica)
VOX DE VILLE – animação de rua
JOEL SANTOS – animação de rua e espetáculo de fogo

 

A Feira Quinhentista é uma iniciativa da CMB e da UFPC, com o apoio à organização da Alius Vetus – Associação Cultural História e Património.

Tudo sobre a Feira Quinhentista: http://www.cm-barreiro.pt/pages/1286/