O Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, visitou esta segunda-feira a exposição de Pacheco Pereira e de Helena Sofia Silva no espaço Ephemera, no Parque Empresarial da Baía do Tejo no Barreiro.
A aguardar o ministro estava o Presidente do Conselho de Administração da Baía do Tejo, Jacinto Pereira, o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Frederico Rosa, a Vereadora responsável pela Cultura, Sara Ferreira, e representantes de algumas associações e entidades que assumem papel significativo na dinamização cultural do Barreiro e de toda a região.
Entre estas contavam-se a ADAO, Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios, a Out.ra, responsável pelo festival Out.Fest, a Hey Pachuco representada por Carlos Ramos e responsável pelo Barreiro Rocks e o Vhils Studio, sediado no parque empresarial do Barreiro e representado pelo próprio Vhils.
A visita à inovadora exposição de cartazes espontâneos do arquivo de Pacheco Pereira, permitiu ao Ministro da Cultura contactar com alguns dos ícones da cultura desta região e visitar alguns pontos do núcleo museológico e arquitetónico que têm vindo a ser valorizados pela Baía do Tejo, entre estes, o Bairro Operário, a Torre do Relógio, a Rua da União e o mural de Alexandre Farto, Aka Vhils, que recebeu a visita de toda a comitiva.
Nesta visita ficou o testemunho da dinâmica cultural do Barreiro e a confirmação do cluster de indústrias que a Baía do Tejo tem vindo a consolidar nos seus parques empresariais, da parte de Luís Filipe Castro Mendes ficou a promessa de voltar ao território outras iniciativas que se avizinham.
A presença do Ministro da Cultura na exposição, O Que Faz falta é Agitar a Malta, que tem contado com uma grande adesão, antecede a “conversa” com os curadores e os seus convidados que será feita no próximo dia 29 de Junho, sexta- feira, a partir das 17h no Espaço Ephemera e no Museu Industrial Baía do Tejo no Barreiro.
“Como expressões de protesto e resistência, os cartazes que agora se dão a conhecer representam a contribuição do cidadão comum, muitas vezes anónimo, para a vida política e democrática, constituindo-se como documentos de uma história do povo, a ser escrita também a partir deles.”
O Que Faz falta é Agitar a Malta é verso de uma canção de intervenção de Zeca Afonso, um dos muitos que se podem ler nos cartazes produzidos pelo colectivo As Toupeiras para homenagear a memória da Revolução de Abril, convocando histórias, personagens e o entusiasmo de tantas outras revoluções que ambicionaram mudar o mundo. Emergindo como as toupeiras, malta agitada tem-se movido contra a austeridade, a desigualdade, a exploração petrolífera, o assédio sexual ou os trágicos incêndios do último verão. E isso faz muita falta.” — José Pacheco Pereira e Helena Sofia Silva, curadores
Programa completo
17:00h Visita guiada à exposição
pelos curadores, José Pacheco Pereira e Helena Sofia Silva
local : Rua 48, Armazém 3, Baía do Tejo/Parque Empresarial do Barreiro
18:00h Conversa em torno da exposição
com os oradores:
Piedade Gralha, Colectivo As Toupeiras
Frederico Duarte, Curador e Crítico de Design
Heitor Alvelos, Director ID+/Laboratório para os Media Inesperados (U.Porto)
José Bártolo, Director Científico esad—idea, Investigação em Design e Arte
… e os moderadores,
José Pacheco Pereira
Helena Sofia Silva
local : Auditório do Museu Industrial da Baía do Tejo/Parque Empresarial do Barreiro.