aicep Global Parques, entidade gestora da ZILS, entidades e parceiros regionais e empresas instaladas, reuniram-se para discutir o tema, em total transparência e atitude colaborativa.

 

No dia 8 de Novembro decorreu a 6ª Edição dos “Encontros na ZILS”, desta vez dedicada ao tema “O Ambiente na ZILS – Planos, Ações e Resultados. Após o visionamento do filme promocional da ZILS, que evidencia as valências da Zona Industrial nas várias vertentes, destacando a sua localização, enquadrada na reserva natural do Litoral Alentejano, Francisco Mendes Palma, CEO da aicep Global Parques abriu a ordem de trabalhos.

Francisco Mendes Palma realçou a transparência que coaduna a política da empresa realçando que a implementação do Programa de Monitorização da ZILS, pioneiro no contexto dos parques industriais, é mais que uma obrigação, é uma política da empresa. O CEO da empresa anfitriã realçou, ainda, que o desafio lançado às entidades públicas, regionais e locais foi aceite, sem restrições, significando a partilha de atitudes e do valor atribuído ao Ambiente “A discussão promovida pretende-se construtiva com a presença dos diversos agentes intervenientes no Ambiente”. Chamou, também, a atenção para o facto de os impactos no ambiente serem visíveis do passando a soluções pelo “Evitar, o Minimizar, o Mitigar e o Off-set”, afirmando que a empresa gestora da ZILS, a aicep Global Parques, tudo fará para contribuir e participar na manutenção do bom ambiente, com os recursos internos, com recurso ao mundo académico e empresarial e ao movimento associativo, como a Associação COMSINES, e com a inscrição, desde o primeiro momento, do Ambiente enquanto um dos pilares da nossa Responsabilidade Social Corporativa envolvendo-se com as comunidades onde está instalada e onde partilha interesses comuns. Terminou, com a curiosidade de o mais recente cliente da ZILS ser um apiário, estando as abelhas, nomeadamente no Brasil a ser considerada espécie em via de extinção, cuja renda será paga em mel, com origem na flora da ZILS, no seu Ambiente.

Nuno Mascarenhas, Presidente da Câmara Municipal de Sines realçou a importância do Complexo Industrial e Portuário para a região, e a importação da coordenação entre a atividade económica e o respeito ambiental. Nuno Mascarenhas evidenciou ainda a parceria entre a aicep Global Parques e a Câmara Municipal de Sines na área ambiental evidenciada, mais uma vez, com a assinatura de um protocolo entre as duas entidades nesta vertente, com grande enfoco no Programa de Educação Ambiental.

Seguiu-se a intervenção do Vice-presidente da CCDR Alentejo, Jorge Pulido Valente, que congratulou a iniciativa e evidenciou a colaboração da CCDR na Implementação do Programa de Monitorização Ambiental da ZILS.

Por sua vez Nuno Lacasta, Presidente da APA, afirmou ser fundamental este tipo de encontros, e destas parcerias na área ambiental.

Para Nuno Lacasta, a ZILS é um paradigma e um caso de estudo por tentar implementar ações noutros locais. O Presidente da APA destacou o esforço que a agência tem feito para a agilidade do licenciamento ambiental com medidas de desmaterialização, acabando como papel constituindo-se uma plataforma com partilha de informação – pretendem uma maior rapidez e eficiência.

Seguiu-se a assinatura do Protocolo Ambiente, entre a aicep Global Parques e a Câmara Municipal de Sines, que visa estabelecer as bases de cooperação entre as partes para a promoção ativa da educação ambiental na região, visando a consciencialização das diversas gerações e contribuindo para um ambiente sustentável no presente e no futuro.

A segunda parte da sessão iniciou-se com a apresentação, pelo diretor da ZILS, Miguel Borralho dos resultados do relatório do primeiro ano de implementação do Plano de Monitorização da ZILS.

Miguel Borralho falou das diversas etapas para a implementação e dos resultados. Em relação à monitorização do ar tendo em conta os resultados das várias componentes que integraram a monitorização da qualidade do ar na ZILS. Pode-se afirmar, que em termos gerais, não se registaram concentrações dos poluentes atmosféricos monitorizados que sejam indicativos de situações generalizadas de má qualidade do ar.

O nível do Índice de Qualidade do Ar verificou-se para qualquer uma das estações de monitorização da qualidade do ar, uma dominância clara (mais de 75% do ano) da classificação Boa e Muito Boa. O estudo de biomonitorização realizado com recurso a líquenes indicou a existência de uma menor diversidade de líquenes epífitos na zona da ZILS que na localidade de referência, o que atendendo às reduzidas concentrações de poluentes atmosféricos registados nas estações de monitorização fixas e com os amostradores passivos, é indicativo de serem resultado de níveis de concentração de poluentes atmosféricos ocorridos no passado

Em relação à qualidade da água, distinguiram-se a superficiais e as subterrâneas.

Os resultados obtidos nas duas campanhas de monitorização da qualidade das águas superficiais, na Ribeira de Moinhos, permitiram concluir que a água analisada cumpre com os valores normativos definidos para água utilizada para rega, assim como com os objetivos ambientais de qualidade mínima e Normas de Qualidade Ambiental definidas para a Massa de Água.

Ao nível da Qualidade das Águas Subterrâneas, verifica-se que em ambas as campanhas a maioria dos piezómetros monitorizados apresentam incumprimento de pelo menos 1 dos 59 parâmetros considerados para a avaliação do estado químico da água subterrânea (limiares nacionais e normas de qualidade propostos pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente no âmbito do segundo ciclo do Plano de Gestão de Região Hidrográfica do Sado e Mira (RH6)).

Analisando os resultados por aquífero (superior e inferior), conclui-se que, de um modo geral, o aquífero inferior apresenta um melhor estado químico do que o aquífero superior, o que era expectável dado existirem variados fatores que contribuem para esse resultado, nomeadamente a distância a percorrer pelos poluentes, fenómenos de biodegradação naturais, entre outros.

De realçar as medidas que tem vindo a ser adotadas nos últimos anos, tais como a remoção de solos contaminados e respetiva condução a destino final adequado, a instalação de uma rede piezométrica e o próprio Plano de Monitorização Ambiental da ZILS, que constitui um instrumento de medição e melhoria das condições ambientais da ZILS e que no seu conjunto contribuirão para uma melhoria ambiental efetiva do passivo histórico existente.

Seguiram-se as intervenções do diretor da Central Termoelétrica de Sines (EDP) João Amaral, do diretor de Operações da Euroresinas, Ricardo Alvim, do diretor da Refinaria de Sines (Galp) José Martinho Correia, e do diretor Geral da Repsol Polímeros, Joaquín García-Estãn. As quatro empresas instaladas na ZILS, evidenciaram que têm cumprido e mesmo ultrapassado as melhores práticas ambientais existentes e possíveis assistindo-se ao longo do tempo à redução da sua pegada ambiental. Os investimentos em tecnologias mais eficientes e amigas do ambiente têm sido contínuo.