Reunimos com a CPPME para um aprofundamento do conhecimento do impacto da pandemia na situação de milhares de empresas que são o coração da actividade económica do país.
A delegação composta por Sandra Cunha (deputada por Setúbal); Francisco Morais (vereador do BE na Câmara Municipal do Seixal) e Vítor Cavalinhos (líder da bancada do BE na Assembleia Municipal do Seixal foi recebida pelo presidente da CPPME, Jorge Pisco e pelos vice-presidentes José Briquete e António Marques.
Os dirigentes da Confederação, fizeram uma explanação da situação das empresas e das perspectivas para o futuro.
Alguns dados relevantes para um retrato:
No país:
1 milhão e 200 mil micro e pequenas empresas
70 mil médias empresas
1.100 grandes empresas
Cerca de 50% das 1.100 grandes empresas recorreram ao layoff.
Apenas 8,4% (90 mil) das micro empresas tiveram acesso ao layoff.
Apenas 22% das pequenas empresas recorreram ao layoff
Cerca de 80% do setor da hotelaria é composto por micro empresas
90% do setor do comércio é composto por micro empresas
Na península de Setúbal:
69.756 empresas (dados INE 2018)
Grandes empresas: 34
Das restantes 69.722 a esmagadora maioria são micro empresas.
A CPPME referiu que várias das medidas tomadas pelo governo não são adequadas ou são insuficientes, entre as quais: 1) o
adiamento do pagamento de impostos que não resolve a situação de debilidade financeira das empresas que não terão como cumprir estes pagamentos; 2) as moratórias nos bancos que implicam agravamentos que vêm complicar a situação financeira das empresas no futuro.
Destacam que apenas duas medidas foram de apoio efectivo:
1- Pagamento Especial por Conta, redução de 50%
2- Programa ADAPTAR – 50 milhões para as micro e pequenas empresas mas que só chegou a 17 mil empresas.
E lamentam que há data de hoje ainda existam milhares de empresas que não receberam qualquer dos apoios prometidos.
A CPPME deu conta das várias propostas que fez para apoio a este setor e ao relacnamento da economia.
Destacamos duas propostas ao governo:
1- Apoio urgente aos sócios gerentes com carreira contributiva, através de medida compensatória.
2- Criação de Fundo de Tesouraria para as micro e pequenas empresas à margem da Linha Capitalizar 2018 com zero juros e período de carência alargado.
E três propostas ao local:
1- Pagamento imediato aos fornecedores
2- Adiamento dos prazos para o pagamento de rendas
3- Isenção temporária das taxas de ocupação da via pública, publicidade, etc.
A Confederação informou o Bloco que está muito preocupada com o futuro porque há milhares e milhares de empresas que ainda não retomaram a actividade.
O Bloco elencou o conjunto de medidas e propostas que durante a pandemia levou ao parlamento para auxiliar as micro, pequenas e médias empresas e que são do conhecimento da CPPME e do público em geral.
O Bloco de Esquerda ficou com uma certeza preocupante, ou há auxílio urgente para estas empresas, com injecção de dinheiro nas mesmas, ou milhares delas não resistirão à grave crise que a nossa sociedade vive e que se agravará se não forem tomadas medidas urgentes.
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