No sábado de Páscoa, dia 4 de abril, o Centro Histórico de Palmela volta a encher-se de gente e de festa para a tradicional Queima do Judas. O ritual teatral reveste-se, este ano, de especial valor simbólico, ao assinalar os 20 anos da Queima, que tem sabido crescer e envolver o movimento associativo e as populações.
Com início às 21h30, no Largo dos Loureiros, o percurso, marcado pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, conduzirá os visitantes pelas ruas do Centro Histórico, onde os Judas, as associações e os grupos de teatro locais prometem momentos de boa disposição, com uma noite repleta de crítica social e boa disposição.
No total, serão doze Judas, da responsabilidade da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, do grupo das Férias Culturais Passos e Compassos, do Grupo 40 AEP – Escoteiros de Palmela, da Ação Teatral Artimanha, do grupo de jovens INdiferentes, do grupo de teatro “As Avózinhas”, do OKUPA Cento Social de Palmela, do Teatro Sem Dono, da Sociedade Columbófila de Palmela, do Grupo de Teatro dos Serviços Sociais, do Guizo e da Sociedade Filarmónica Humanitária. A noite conta, também, com o apoio do Grupo Coral “Ausentes do Alentejo”, da ARCOLSA – Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida e do Círio da Carregueira.
O encerramento decorre, como habitualmente, no Largo de S. João, onde será lido o testamento da Câmara Municipal, seguindo-se animação com os diabos do Bardoada, o Grupo do Sarrafo e um espetáculo de fogo-de-artifício.
Recuperado em 1995 pela autarquia, este ritual de origens pagãs, ligado à celebração do equinócio da Primavera, está, hoje, integrado no Programa Municipal de Teatro e tem contribuído para a divulgação do trabalho dos grupos de teatro de amadores do concelho de Palmela.