O PCTP/MRPP reagiu, em comunicado, à morte do jovem setubalense Nuno Jorge Pires que terá sido, alegadamente, agredido com uma pancada na cabeça e, depois, foi deixado no chão, acabando por morrer.

Recorde-se que, o homem foi filmado por uma câmara de vigilância a falar com dois da PSP – Brigada de Intervenção Rápida momentos antes do incidente.

 

 Leia o comunicado na íntegra:

O assassinato por um grupo de bandidos da PSP de um jovem operário em Setúbal ocorrido no passado dia 19 foi um ato bárbaro e cobarde de enorme gravidade.

Como está já mais do que provado, mas os comandos policiais e ministra da administração interna pretendem a todo o custo abafar, bandoleiros da PSP espancaram furiosa e selvaticamente Nuno Jorge Pires na madrugada do passado dia 19 de Fevereiro, quando este regressava sozinho a casa, perto da estação da CP de Setúbal.

Tendo perfeita consciência de que este jovem operário ficara gravemente ferido e a sangrar da cabeça – única parte do corpo que estes assassinos visaram com os seus golpes mortíferos -, os bandidos em causa abandonaram-no no local de onde, a poucos metros, a vítima, totalmente indefesa e a horas em que, como os agressores bem sabiam, não podia dispor de qualquer outro socorro, viria a desfalecer e, mais tarde, a morrer.

Matar e fugir é próprio do mais cobarde e marginal dos criminosos, como o faz um qualquer bandido desumano e cruel.

Das duas uma: ou quem assim atua não é polícia – o que ficou já demonstrado não ser o caso – ou o comando tem de explicar por que razão bandidos assassinos se encontram no meio dos efetivos da polícia ou se todos os polícias são bandidos assassinos, cobardes e marginais, como cada vez mostra confirmar-se.

Perante este bárbaro homicídio, acerca do qual nenhum partido democrático com representação parlamentar veio exigir responsabilidades, chamando designadamente o comandante nacional da PSP e o ministro da administração interna ao parlamento para dar explicações, o PCTP/MRPP exige a imediata demissão destes dois responsáveis máximos por este ato de puro banditismo policial, para além da prisão imediata de todos os criminosos envolvidos neste homicídio premeditado e a sua severa punição.