O CDS-PP, através dos deputados Nuno Magalhães, Ana Rita Bessa e João Rebelo, questionou o ministro da Educação sobre a ausência de professor de Inglês desde setembro de 2017 na Escola Secundária Manuel Cargaleiro, no Seixal.
Os deputados do CDS-PP querem saber se o Ministério da Educação tem conhecimento desta falta, que afeta alunos de oito turmas, cinco das quais de cursos profissionais, como, e quando, vai o Governo solucionar este problema, de modo a que as turmas afetadas possam ter aulas à disciplina de Inglês e, ainda, o que pretende o Ministério da Educação fazer para que os alunos afetados possam recuperar as aulas e as bases perdidas durante o primeiro período e início do segundo.
A Escola Secundária Manuel Cargaleiro (ESMC), no Seixal, está sem docente da disciplina de Inglês desde o início do ano letivo, o que afeta oito turmas daquele estabelecimento de ensino.
A professora de Inglês - que deveria ter iniciado as aulas a 13 de setembro de 2017 - encontra-se de baixa médica há já vários anos, com alguns períodos intermitentes a lecionar.
No dia 19 de outubro de 2017 apresentou-se na ESMC outra professora para lecionar Inglês, mas por razões de assistência à família regressou ao distrito de residência (Guimarães) passados oito dias, ficando novamente os alunos (turmas 9.º A, 9.º D, 9.º E, 10 I1, 10.º I2, 10.º J1, 10.º J2 e 11.º I) sem professor naquela disciplina.
Esta situação tem afetado os alunos do 9.º ano e os alunos do 10.º e 11.º anos dos cursos profissionais, privando-os de aulas, da aquisição de bases e conhecimentos, e de avaliação numa disciplina estruturante do percurso escolar, que os acompanha muitas vezes pela vida fora, nomeadamente no seu percurso profissional.
A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária Manuel Cargaleiro (APEEESMC) há muito manifestou a sua preocupação junta da direção da escola, tendo esta informado que, após dez tentativas, aguarda a todo o momento a substituição da professora através da Bolsa de Colocação.
Segundo a APEEESMC, a direção da escola “seguiu todos os procedimentos e canais do Ministério da Educação”, mas já “informou que nada mais pode fazer”.
A falta de professor é grave, independentemente da disciplina, mas neste caso em particular o impacto é maior por ser estruturante, nomeadamente para os alunos que vão seguir a via de Humanidades e os alunos dos cursos técnico-profissionais que necessitam da carga horária para completar os módulos.
Fonte: CDS