Face às últimas declarações do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, onde afirmou que não havia alternativa ao encerramento do Terminal Fluvial do Seixal, a autarquia afirma novamente que a proposta apresentada é exquível e teria sido desejável que o Ministro do Ambiente a tivesse ponderado, em vez de a desvalorizar. 

A Câmara Municipal do Seixal considera que estas declarações do senhor Ministro do Ambiente revelam o desinteresse em encontrar alternativas que pudessem ter salvaguardado o interesse dos utentes do transporte fluvial, principalmente em tempos de pandemia, tendo sido mais fácil para o Governo e sobretudo menos oneroso, interromper o serviço de transporte fluvial, prejudicando desta forma milhares de utentes que todos os dias se deslocam entre as duas margens do rio e sobrecarregando outros meios de transporte que por sua vez já se encontram acima da sua lotação. 

O Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, referiu que “a solução alternativa que a Câmara Municipal do Seixal apresentou em seis dias, e que o governo não foi capaz de encontrar em seis meses, manteria o funcionamento do transporte fluvial no Concelho do Seixal. A autarquia, mesmo não tendo qualquer obrigação nem competência para criar alternativas durante o período de obras, decidiu contactar um dos maiores operadores de transporte marítimo e fluvial em Portugal, com técnicos altamente especializados e que demonstraram ser possível criar um cais provisório que respondesse às necessidades. Lamentamos que o senhor Ministro, além de não ter conseguido acautelar a situação, ainda critique aquela que foi apresentada pela autarquia do Seixal»

A autarquia reafirma que a suspensão da ligação Seixal – Lisboa, por um prazo mínimo de 45 dias, podendo ser estendido, prejudica mais de dois milhares de pessoas que utilizam todos os dias o barco para irem trabalhar ou estudar. 

A Câmara Municipal continua disponível para encontrar soluções com o Governo de forma a retomar o funcionamento do serviço fluvial e responder às necessidades das populações.