Amaro Antunes, do W52-FC Porto, venceu ontem a primeira edição da Clássica da Arrábida, num percurso de 186,6 quilómetros com partida em Setúbal e meta em Palmela.
O evento, que integrou o calendário da União Ciclista Internacional e que é a segunda prova do Troféu Liberty Seguros deste ano, marcou o regresso à Arrábida das grandes provas do ciclismo nacional.
Amaro Antunes venceu a competição, ao concluir os 186,6 quilómetros com o tempo de 04h36m34s, logo seguido, apenas dois segundos depois, dos ciclistas Sérgio Paulinho, da Efapel, e Andreas Vangstad, da Team Sparebanken.
A prova, que teve início às 11h16, no Largo José Afonso, em Setúbal, que encheu para ver partir os ciclistas, contou com cinco contagens de montanha, nos 70 quilómetros finais, entre as quais a meta, no topo do miradouro de Palmela.
Após uma competição renhida, Amaro Antunes conseguiu, nos últimos metros, no troço de terra e gravilha que compunha a subida final, uma vantagem de dois segundos para Sérgio Paulinho e Andreas Vangstad.
O portista é agora, em igualdade pontual com Francisco Campos, da equipa Miranda/Mortágua, o líder da geral absoluta do Troféu Liberty Seguros, que teve uma prova de abertura na região de Aveiro, a 5 de fevereiro, e termina no próximo domingo com a Clássica Aldeias do Xisto.
A Clássica da Arrábida resulta de uma parceria entre a Federação Portuguesa de Ciclismo, a Lima & Limão Cycling Services e as câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra.
Segundo o diretor da prova, Sérgio Sousa, este é um projeto a três anos em que, até 2019, cada um dos três concelhos recebe uma partida e uma chegada, sendo que a meta está instalada “sempre em locais míticos como os castelos de Palmela e Sesimbra e o Forte de S. Filipe, em Setúbal, após se percorrer a Serra da Arrábida”.
A prova insere-se no programa Cyclin’Portugal, dinamizado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, com o objetivo de “promover o ciclismo na época baixa do turismo em Portugal para divulgar os recursos turísticos do país”.
Tem ainda como objetivo a “sensibilização dos municípios envolvidos para o desenvolvimento de estruturas para a prática do ciclismo, como ciclovias, entre outras”.
A Clássica da Arrábida contou com a participação de duas dezenas de equipas, entre as quais 13 portuguesas e sete estrangeiras, provenientes dos Estados Unidos da América, Rússia, Noruega, Espanha e Bolívia.
No dia anterior, a Arrábida foi palco de outra prova, direcionada ao ciclismo amador. O 3.º Granfondo da Arrábida, evento de ciclismo para todos, também com objetivos de promoção turística e cultural, teve como vencedor Tiago Silva, dos Viveiros Vítor Lourenço/Sintra Clube de Ciclismo, que completou a distância de 128 quilómetros em 03h41m24s.
Em segundo lugar na prova, com partida e meta no Castelo de Palmela, ficou Nuno Manso, da ASFIC Ribeira S. João, com um tempo de 03h41m56s, e a terceira posição coube a Paulo Martins, da UCA – União Ciclismo do Alentejo, com 03h42m03s.