A abertura das novas instalações da PSP no Café Barreiro, um dos imóveis mais icónicos do Barreiro Velho, deverá ocorrer no próximo ano, garantiu a ministra da Administração Interna, Anabela Miranda Rodrigues.
O Acordo de Cooperação entre o Município do Barreiro e a Polícia de Segurança Pública – assinado esta sexta-feira à tarde, na sala de sessões dos Paços do Concelho – prevê que o proprietário [a Autarquia] faça a cedência de um prédio urbano que, depois de adaptado, reunirá as características adequadas à instalação dos serviços da PSP. Cabe ao Município a fiscalização da empreitada de reabilitação e adaptação da Esquadra, sendo que os custos com a execução das obras têm o valor máximo de 360 mil euros, suportados pela Autarquia e posteriormente reembolsados pela Polícia de Segurança Pública. Ainda de acordo com este documento, o Município envidará todos os esforços para que as obras possam estar concluídas até ao final de 2015 de modo a que a PSP possa estar em pleno funcionamento naquelas instalações em 2016.
Nesta sequência, o Contrato de Comodato formaliza a cedência destas instalações pelo prazo de cinquenta anos e a título gratuito.
Durante a cerimónia de celebração do Acordo de Cooperação e do Contrato de Comodato, entre o município do Barreiro e a PSP, a ministra da Administração Interna, Anabela Miranda Rodrigues, sublinhou que “o investimento vai permitir melhorar as condições de trabalho dos 58 elementos da esquadra do Barreiro, aumentar a segurança da população e, simultaneamente, reabilitar o centro histórico da cidade”.
“A nova esquadra cumprirá as mais recentes exigências para a instalação de uma força de segurança, estará preparada para acomodar um eventual aumento de efetivos e permitirá um melhor atendimento ao público, prestando especial atenção às pessoas portadoras de deficiências motoras”, explicou.
Anabela Rodrigues recordou que “aquando da tomada de posse do Governo PSD/CDS-PP, em 2011, a antiga esquadra do Barreiro encontrava-se numa situação precária e não oferecia as mínimas condições para que a PSP pudesse realizar a sua missão”. “Assumimos o compromisso de resolver este problema e cumprimo-lo hoje”, frisou.
À margem da celebração do Acordo de Cooperação e do Contrato de Comodato, a ministra valorizou a linha de bom entendimento e espírito de colaboração com o Município do Barreiro no sentido de cumprir o objetivo da segurança de pessoas e bens. “A colaboração entre o Poder Local e a Administração Central é um caminho que pode dar muitos e bons frutos”, rematou.
O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, recordou que este concelho, tal como o ‘todo nacional’, precisa das forças de segurança. “Forças de segurança dotadas das condições necessárias a uma intervenção eficaz. Constante. Construída com trabalho diário. Assente na proximidade. Ligada aos valores da cidadania”.
E é por isso que, afirmou, “temos proposto e insistido na solução que hoje, com alegria e confiança, concretizamos: a adaptação do edifício do antigo Café Barreiro para a esquadra da PSP”. Fazendo referência ao local onde está situado (uma zona a necessitar de uma profunda intervenção e reabilitação urbana), Carlos Humberto de Carvalho defendeu a linha estratégica de intervenção nestes territórios que o Executivo tem vindo a manter, “implementando diversos incentivos fiscais”.
No final da intervenção, o edil apelou a que a ministra, em conjunto com a autarquia, ajude a encontrar uma solução mais adequada para as instalações da Guarda Nacional Republicana em Santo António.
Já para o Diretor Nacional da PSP, Superintendente Chefe Luís Peça Farinha, esta cerimónia foi a materialização do apoio que o Presidente da Câmara do Barreiro tem vindo a dedicar a esta questão. Este responsável salientou a ‘marca de qualidade’ pela qual se pauta a prestação de cuidados de segurança às populações, por parte da PSP, e referiu que, no caso do Concelho do Barreiro são cerca de 79 mil habitantes. A terminar fez votos para que seja já em 2016 a entrada em funcionamento destas novas instalações que, nas suas palavras, “irão conferir maior dignidade à atividade dos profissionais”.