As Festas do Barreiro 2015 abriram as portas ao público esta sexta-feira à noite, dando início à maior festa do concelho, numa edição, a decorrer até 16 de agosto, em que são promovidas as potencialidades, os valores culturais, gastronómicos e económicos do concelho.
Carlos Humberto de Carvalho, presidente da Câmara Municipal do Barreiro, começou por destacar no discurso de inauguração da edição deste ano das Festas do Barreiro a essência do povo barreirense. “Quero aproveitar para fazer uma saudação muito particular ao povo do Barreiro, um povo sofrido, mas um povo que sonha, que combate, que intervém, que não desiste, que não abdica, que procura concretizar aquilo que são os seus sonhos, aquilo que são os seus objectivos, sempre foi assim no passado, é assim no presente e será, com certeza, assim no futuro”, afiançou.
Em “tempos particularmente exigentes e difíceis”, o edil barreirense considera que as Festas podem ser um momento em que “reganhamos forças, revemos amigos, convivemos e divertirmo-nos”.
Relativamente à Exposição Institucional “Barreiro – Memória e Futuro” presente no certame, o autarca explicou que para as Festas do Barreiro a autarquia decidiu trazer do Espaço Memória a “ideia de futuro”, designadamente “a importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na gestão e, sobretudo, na interacção e na partilha entre os cidadãos e o município”.
Recorde-se que, a Exposição “Barreiro, Memória e Futuro” encontra-se patente no Espaço Memória, localizado no Parque Empresarial da Baía do Tejo, e trata-se de uma mostra que revela mais de cinco mil anos de história do território do Barreiro e das suas gentes.
“Ajudem-nos a construir umas Festas boas, porque se elas forem boas é um prenúncio e, simultaneamente, um apoio para termos um Barreiro melhor”, apelou o autarca.
Já Fernanda Ventura, representante da Comissão de Festas, explicou que as Festas do Barreiro 2015 estão subordinadas ao tema “Interculturalidade”. “Pretendemos dar uma maior visibilidade ao conjunto de culturas que se cruzam no nosso concelho e que constituem, efectivamente, o enriquecimento do nosso espaço cultural”, revelou.
Numa estratégia que teve o Tejo como linha de orientação para o seu crescimento, a representante da Comissão de Festas frisou que a mudança do desenho das Festas – iniciada no ano transacto – proporcionou “uma viragem na requalificação do certame enquanto espaço de convívio e de lazer, voltando, simultaneamente, a cidade para o rio”.
Para Fernanda Ventura, o “caminho de melhorar as Festas nunca estará terminado, porque haverá sempre ambição das sucessivas comissões de fazer mais e melhor em prol da cidade e da sua população”, salientando que estas são “as festas possíveis tendo em conta os tempos difíceis que o país atravessa e que impõem, necessariamente, algumas limitações económicas”.
À margem da cerimónia de inauguração, milhares de pessoas assistiram a um dos concertos principais de uma noite em que a música latina esteve em destaque.
Mickael Carreira – que aos 15 anos se estreou no Olympia, em Paris, a cantar um dueto com o pai, Tony Carreira – subiu ao Palco das Marés, para animar as pessoas que o esperavam e a audiência não o desiludiu, respondendo com palmas, gritos e coros a canções como “Como uma tatuagem” e “Bailando”.