O Município do Barreiro, a União das Freguesias do Barreiro e Lavradio e a Sociedade Filarmónica Agrícola Lavradiense (SFAL) celebraram ontem, dia 12 de dezembro, nas instalações da SFAL, o contrato de depósito de espólio que visa reunir, salvaguardar e divulgar antigas partituras da coletividade e a documentação da antiga Junta de Freguesia do Lavradio.
Assim, o Arquivo Municipal, integrado no Espaço Memória, aceita um conjunto de documentos produzidos pela antiga Junta de Freguesia do Lavradio, no início do século XX, e centenas de partituras da SFAL que estavam à guarda da União das Freguesias de Barreiro e Lavradio.
Refere o Contrato que a União das Freguesias é “dono e legítimo possuidor de um espólio constituído por 34 (trinta e quatro) unidades de documentos produzidos pela antiga Junta de freguesia do Lavradio no inicio do seculo XX” e que a SFAL “é dono e legitimo possuidor de 510 partituras de músicas antigas (1870-1940) que se encontram, até à data da celebração do presente contrato, à guarda da UFBL”. Com a assinatura do Contrato, as duas entidades “depositam no Espaço Memória do Município do Barreiro, para ser tratado e conservado como elemento de gestão e prova, o espólio mencionado na cláusula anterior podendo o mesmo, à posteriori, ser utilizado como elemento de estudo da história do concelho”. Ao Espaço Memória compete agora “a guarda e conservação do mesmo”.
Na assinatura do Contrato, a Presidente da SFAL, Maria de Lurdes Sales, referiu que a história da SFAL, que está a completar 150 anos de existência, começa com a criação da Banda Filarmónica Lavradiense, sendo, na altura, uma das “bandas referência da região”.
Ana Porfírio, Presidente da União das Freguesias do Barreiro e Lavradio, salientou que o património da SFAL e da Junta de Freguesia do Lavradio (neste caso, essencialmente documentos da primeira República) fica agora “devidamente preservado”. “São a história do Lavradio, do Concelho e do País”, salientou a autarca.
O Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, considera que “é preciso não esquecermos a nossa História, o nosso passado. É indispensável para compreender o presente e construir o futuro”, salientando que, com este contrato, “estamos a valorizar o Espaço Memória e o património da SFAL e da Junta de Freguesia”. “Tão importante como o caminho que fizemos, é o caminho que falta fazer”, referiu o autarca.