Os autarcas do PSD do Montijo afirmam que as obras para a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) a ser construída na freguesia de Canha, vão começar no segundo semestre de 2015.
A informação do arranque da obra foi dada aos social-democratas pelo Conselho de Administração da Simarsul, que detém a concessão, em regime de exclusividade, da atividade de recolha, tratamento e rejeição de efluentes (águas residuais) em oito dos municípios que fazem parte da Península de Setúbal – Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal.
“Esta é a confirmação de vai que avançar uma obra muito necessária para o concelho, bem como irá existir um reforço da rede, nomeadamente coletores, em zonas pontuais, a realizar em 2016 e 2017”, adiantam.
Os autarcas do PSD sublinham existir capacidade instalada, tanto ao nível das ETAR’s já construídas como das EE (estações elevatórias) com capacidade para resolver o escoamento dos esgotos em várias zonas do concelho, nomeadamente os bairros periféricos da cidade de Montijo.
No entanto, apesar de existir essa infraestrutura instalada, e de existir vontade por parte da Simarsul para receber esses efluentes, falta a realização da rede de saneamento por parte do município.
“A resolução dessa necessidade só depende da vontade e da capacidade do município, nomeadamente do SMAS, cuja gestão tem sido feita por Nuno Canta, atual presidente do Montijo e anteriormente enquanto vereador, que nunca demonstrou sensibilidade para a resolução dos problemas do escoamento dos esgotos da cidade”, criticam.
Os social-democratas acusam ainda o PS de, em todos estes anos, não conseguiu resolver esta situação, “mesmo quando recebia grandes somas provenientes de taxas urbanísticas pagas pelo desenvolvimento do sector da construção”.
“O PS não soube utilizar essas verbas que eram pagas para reforço das infraestruturas urbanísticas, estendendo as redes de saneamento de modo a resolver os problemas dos esgotos em muitos bairros e zonas periféricas junto a áreas urbanas. Neste momento, fica saliente a incapacidade de gerir bem essas verbas, constituindo uma dificuldade acrescida face a redução das taxas urbanísticas”, acrescentam.