Fernando Sequeira referiu que “regredimos 50 anos no que respeita aos direitos do trabalho e que todos os direitos que tínhamos como garantidos, estão agora em causa”. Afirmou que os números do desemprego apresentados pelo Governo são números mascarados pela emigração e precariedade e que “é urgente criar postos de trabalho e acabar com a emigração, dando confiança e dignidade ao povo português”. O candidato terminou dizendo que “o combate à precariedade traduz-se no combate à austeridade”.
Relativamente à situação da Grécia Fernando Rosas afirmou que a lição que aprendemos foi que “a escolha democrática dos povos não é permitida nesta União Europeia e que nela não há lugar a políticas alternativas à austeridade”. Acrescentou que a solução passa por desobedecer à Europa exigindo a reestruturação de uma dívida impagável que bloqueia o crescimento da economia. “Não há programa credível de combate à austeridade com capacidade para libertar verbas para o investimento que não contemple a reestruturação da dívida”. “A escolha é entre a austeridade perpétua ou um período difícil mas com uma luz ao fundo do túnel”.
Joana Mortágua fez duras críticas ao Governo PSD-CDS, referindo que “no passado a direita ganhou eleições com a ideia de que era possível um futuro melhor, agora a direita quer ganhar eleições pura e simplesmente com base no medo de que para além de tudo o que já perdemos, possamos perder muito mais”. “Da ideia da riqueza acessível a todos, da ascensão e mobilidade social para todos passou-se para a ideia do empobrecimento a todo o custo, do pobres mas honrados como justificação moral para a austeridade”.
A cabeça de lista referiu ainda que depois de toda a austeridade aplicada a dívida cresceu . “Não empobrecemos para pagar a dívida mas para alimentar quem se alimenta da dívida!” “E todo este empobrecimento não é consequência da austeridade. A austeridade é o instrumento usado pela direita para alcançar o seu objetivo de sempre: “o de baixar salários para que os grandes grupos financeiros aumentam os lucros”.
A proposta do Bloco é a de libertar recursos para redistribuir a riqueza, estancando a sangria da dívida através da sua reestruturação e operando uma verdadeira reforma fiscal que obrigue de uma vez por todas ao pagamento da dívida quem tanto tem lucrado com ela. “Defender o povo custe o que custar aos mercados financeiros”.
Joana Mortágua referiu-se ainda à forma como a Europa está a lidar com os refugiados salientando que “a Europa que fecha a porta a cem mil crianças e as deixa morrer alegando a proteção dos povos é a mesma que espalha a miséria entre os trabalhadores Europeus”.