Dia de campanha em Setúbal
Esta quarta-feira, 16 de setembro, o Bloco de Esquerda esteve na Autoeuropa onde fez uma distribuição de materiais de propaganda política com as propostas do Bloco para as Legislativas 2015. Nesta iniciativa estiveram presentes António Chora, Mandatário Nacional e Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, Fernando Sequeira e Manuel Martins, ambos da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa e ainda Joana Mortágua, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Setúbal.
À noite, na Biblioteca Municipal de Alhos Vedros, realizou-se a sessão pública “Propostas para derrotar a Austeridade”, que contou com a participação de Joana Mortágua, Fernando Sequeira e do Mandatário Distrital, Fernando Rosas.

Fernando Sequeira referiu que “regredimos 50 anos no que respeita aos direitos do trabalho e que todos os direitos que tínhamos como garantidos, estão agora  em causa”. Afirmou que os números do desemprego apresentados pelo Governo são números mascarados pela emigração e precariedade e que “é urgente criar postos de trabalho e acabar com a emigração, dando confiança e dignidade ao povo português”. O candidato terminou dizendo que “o combate à precariedade traduz-se no combate à austeridade”.

Relativamente à situação da Grécia Fernando Rosas afirmou que a lição que aprendemos foi que “a escolha democrática dos povos não é permitida nesta União Europeia e que nela não há lugar a políticas alternativas à austeridade”. Acrescentou que a solução passa por desobedecer à Europa exigindo a reestruturação de uma dívida impagável que bloqueia o crescimento da economia. “Não há programa credível de combate à austeridade com capacidade para libertar verbas para o investimento que não contemple a reestruturação da dívida”. “A escolha é entre a austeridade perpétua ou um período difícil mas com uma luz ao fundo do túnel”.

Joana Mortágua fez duras críticas ao Governo PSD-CDS, referindo que “no passado a direita ganhou eleições com a ideia de que era possível um futuro melhor, agora a direita quer ganhar eleições pura e simplesmente com base no medo de que para além de tudo o que já perdemos, possamos perder muito mais”. “Da ideia da riqueza acessível a todos, da ascensão e mobilidade social para todos passou-se para a ideia do empobrecimento a todo o custo, do pobres mas honrados como justificação moral para a austeridade”.

A cabeça de lista referiu ainda que depois de toda a austeridade aplicada a dívida cresceu . “Não empobrecemos para pagar a dívida mas para alimentar quem se alimenta da dívida!” “E todo este empobrecimento não é consequência da austeridade. A austeridade é o instrumento usado pela direita para alcançar o seu objetivo de sempre: “o de baixar salários para que os grandes grupos financeiros aumentam os lucros”.

A proposta do Bloco é a de libertar recursos para redistribuir a riqueza, estancando a sangria da dívida através da sua reestruturação e operando uma verdadeira reforma fiscal que obrigue de uma vez por todas ao pagamento da dívida quem tanto tem lucrado com ela. “Defender o povo custe o que custar aos mercados financeiros”.

Joana Mortágua referiu-se ainda à forma como a Europa está a lidar com os refugiados salientando que “a Europa que fecha a porta a cem mil crianças e as deixa morrer alegando a proteção dos povos é a mesma que espalha a miséria entre os trabalhadores Europeus”.