O vereador do PSD na Câmara Municipal do Barreiro, Bruno Vitorino, acusa a maioria PS na autarquia de ter uma “atitude passiva”, na defesa dos interesses do concelho e dos munícipes, dando como exemplos as questões da Soflusa e do terminal de contentores.

A Soflusa, empresa do estado e que depende diretamente do Governo, prestou nos últimos meses “um serviço de fraca qualidade, atingindo mesmo proporções vergonhosas”.

“Foram atrasos constantes e supressão de carreiras, que prejudicaram a vida a milhares de barreirenses. O Governo nada fez para resolver este assunto, perante a passividade da maioria socialista na Câmara”, sublinha.

O social-democrata lembra que em período pré-eleitoral, o primeiro-ministro veio ao Barreiro prometer 10 milhões de euros de investimento para a Soflusa e Transtejo, mas que tudo ficou na mesma.

“O papel da autarquia não pode, nem deve ser o de confrontação constante com o Governo, mas não pode continuar a ficar de braços cruzados enquanto os barreirenses são prejudicados. Outras câmaras fizeram ações de protesto, recolha de assinaturas. A CMB nada fez, apesar dos vários apelos que o PSD tem feito para que se tome uma ação concertada no sentido de pressionar o Governo para a resolução desta situação”, lamenta.

Outro exemplo dado é o terminal de contentores. “Este é um projeto estruturante para o Barreiro. No entanto, não se conhecem avanços. Há três anos que o PS está no Governo e está tudo na mesma. Foi pedida uma reunião à ministra do Mar para que recebesse uma delegação da Câmara para que fizesse o ponto de situação sobre este projeto. Passados mais de 8 meses, nem uma resposta”.

O vereador do PSD diz que o executivo PS tem que “definir de uma vez por todas” se a Câmara Municipal do Barreiro é o representante do Governo no município ou se é porta-voz dos barreirenses junto do governo.

“É altura de mostrar coragem nestas matérias. A maioria PS na Câmara Municipal tem que exigir do Governo uma resposta a estes assuntos que são bastante importantes para o concelho e para a população”, afirma.