O CDS-PP, através do deputado municipal António Pedro Maco, votou esta semana contra a proposta da Câmara Municipal de Almada que pretende a manutenção da Costa Pólis, entidade criada pelo Governo do Partido Socialista e responsável pela implementação do Programa Pólis da Costa da Caparica, por considerar que “o projeto ficou, desde o início, muito aquém dos seus objetivos reais”.
Durante a Assembleia Municipal, o deputado centrista defendeu que “o plano para a reabilitação da zona balnear de Almada foi um redondo fracasso”, fundamentando que “os mais de duzentos milhões de euros gastos na primeira fase, ainda não concluída, pouco ou nada contribuíram para a reabilitação da Costa da Caparica”.
Para o centrista, a Costa da Caparica poderá ter “perdido a oportunidade de tão cedo ver sua reabilitação concretizada, hipotecando aos caparicanos, almadenses e turistas a dignidade de uma cidade virada para um turismo de excelência que possa potenciar oportunidades de investimento, e promoção dos recursos humanos e paisagísticos que tem o concelho de Almada”.
A construção da Estrada Regional 377-2, a “tentativa de destruição” das Terras da Costa (campos agrícolas de microclima único), tal como a “tentativa de destruição” do Pinhal do Inglês (Charneca da Caparica) foram, para o CDS-PP, três episódios negativos que “mancharam” o Pólis durante a sua vigência, e que “só não tiveram consequências mais gravosas porque algumas pessoas e algumas entidades conseguiram reverter a situação”, salvaguardando a paisagem natural contra o “atentado ambiental” que resultaria do “péssimo planeamento que foi o programa para a Costa da Caparica”.
António Pedro Maco reiterou que o CDS-PP “não está contra a requalificação da Costa da Caparica nem contra o seu desenvolvimento”, apelando, no entanto, a que sejam encontradas “novas opções assentes em planos verdadeiramente exequíveis e que possam ser implementados sem destruição da paisagem natural e ambiental”.
Refira-se que, o CDS-PP foi o único partido a votar contra o programa em Assembleia Municipal, tendo PSD, BE, PCP, PS, PAN e o deputado Independente votado a favor da proposta.