A Câmara Municipal de Setúbal aprovou ontem, em reunião pública, a classificação do antigo edifício do Banco de Portugal como Imóvel de Interesse Municipal.

A Autarquia salienta que o imóvel, onde atualmente funciona uma galeria expositiva, entre outras valências, é um dos “mais emblemáticos no conjunto urbanístico delimitado pela importância da Avenida Luísa Todi” e que contribuiu para que esta se transformasse na “principal artéria sadina”.

A “imponência e elegância” do edifício e a forma como, configurando um quarteirão, estruturou e normalizou a zona onde está implantado“foram determinantes também no desenvolvimento de todo o ‘novo’ território urbano que se formou no recém-construído aterro ribeirinho”, refere a proposta.

O edifício assumiu o estatuto de sede do poder financeiro local e a sua construção, concluída em 1928, resulta do desenvolvimento socioeconómico verificado no início do século XX, que conduziu à elevação de Setúbal a capital de distrito em 22 de dezembro de 1926.

Além das razões históricas, a Câmara Municipal justifica a classificação com o valor artístico e arquitetónico do imóvel que alberga atualmente a Galeria Municipal do Banco de Portugal, um edifício, com projeto de Arnaldo Adães Bermudes, que revela “traços de revivalismo” e alia “influências dos estilos manuelino e barroco com elementos decorativos contemporâneos”, o que resulta numa “versão algo simplista do estilo art noveau”.

A proposta de classificação do antigo edifício do Banco de Portugal será sujeita a deliberação da Assembleia Municipal de Setúbal.