Em 2016, a dívida global da Câmara Municipal de Sesimbra voltou a baixar, atingindo o valor de 21,2 milhões de euros, uma redução de aproximadamente 3,5 milhões em relação ao final de 2015.

Esta é uma das principais conclusões do Relatório de Gestão, Inventário de Todos os Bens, Direitos e Obrigações Patrimoniais e Respetiva Avaliação e Prestação de Contas 2016, aprovado no final de março pela Câmara Municipal, com 4 votos a favor, da CDU e PSD, e 2 votos contra, do PS, e que foi enviado para aprovação da Assembleia Municipal.

 

De resto, a dívida da autarquia verificada no final do último ano vem confirmar a tendência de descida que se tem acentuado especialmente desde 2012, quando se cifrou em 34,9 milhões de euros. Significa isto que no espaço de quatro anos assistiu-se a uma diminuição na ordem dos 13,7 milhões de euros, ou seja, quase 40 por cento.

 

Os excelentes resultados alcançados devem-se, em grande parte, ao rigor nas contas, e assumem maior relevância por se terem verificado numa conjuntura económica bastante difícil e de grandes constrangimentos financeiros, e num período de forte investimento autárquico, principalmente nas áreas do saneamento, requalificação urbana, valorização do património, abastecimento, educação, habitação e acessibilidades, que se revelaram determinantes para a melhoria da qualidade de vida em todo o concelho.

 

Para além da trajetória descendente da dívida, a autarquia voltou a ter um resultado líquido positivo, desta feita, de aproximadamente 1,8 milhões de euros, reconquistando assim uma maior independência financeira, e manteve o prazo médio de pagamentos a fornecedores abaixo dos 90 dias, fundamental para a melhoria da tesouraria das empresas.

 

De destacar ainda o grau de execução, quer das receitas, quer das despesas, que atingiram valores próximos dos 85 por cento, o grau de execução das Grandes Opções do Plano, que superou os 70 por cento e o investimento pago, que ficou acima dos 5 milhões de euros.

 

Refira-se, por fim, que a Câmara Municipal irá continuar a manter o rigor financeiro nos próximos anos, que devem voltar a ser muito exigentes em matéria de investimentos em diversas áreas.