Em contraciclo com a importância estratégica do Porto de Setúbal para este distrito, a coligação PSD/CDS-PP tem ditado uma política de desnorte para este Porto, patente na ação governativa dos últimos quatro anos:
Em primeiro lugar pela total confusão de propósitos do Governo para o setor marítimo portuário. Ao mesmo tempo que o Governo afirmava querer uma complementaridade entre o Porto de Lisboa e o Porto de Setúbal, anunciava, logo do início da legislatura, a expansão do terminal de contentores do Porto de Lisboa para a Trafaria. Decorridos apenas 3 anos, novo anúncio sobre este tema, agora com a intenção de que essa expansão do terminal de contentores de Lisboa se situasse no Barreiro.
Em segundo lugar pela total demissão do Governo quanto a decisões importantes e estratégicas para o desenvolvimento do Porto de Setúbal e consequente aumento do seu hinterland. De facto, todas as decisões de acessibilidade ferroviária e marítima foram metidas na gaveta. Em particular, merece referência o estrangulamento do canal de acesso ao porto de Setúbal que exigia uma resposta firme por parte do Governo, que se limita agora, perto das eleições, a autorizar estudos de impacte ambiental.
Os propósitos do Governo PSD/CDS para o setor marítimo portuário, em particular no Distrito de Setúbal, revelam a falta de conhecimento e de visão para o setor: Um dia a expansão do terminal de contentores de Lisboa é para a Trafaria, no outro dia já são para o Barreiro. E no meio de tudo isto, nem uma palavra para o Porto de Setúbal.
A par do abandono do Porto de Setúbal, esta coligação foi ainda responsável pela paralisação da requalificação das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias ao Porto de Sines e, com isso, condicionou o investimento na sua expansão.
O Partido Socialista reitera que deve haver uma visão integrada do setor portuário a nível nacional, e também no Distrito de Setúbal, avaliando a capacidade instalada e as necessidades de expansão, bem como viabilidade técnica e ambiental das soluções que melhor respondam ao interesse da economia e desenvolvimento regional.
Setúbal, 1 de setembro de 2015
Fed.Setubal