O caos instalado nos serviços de urgência dos Centros de Saúde e Hospitais é um reflexo do caminho que tem sido percorrido nas ultimas décadas, com o encerramento de serviços, concentrando valências e departamentos, diminuindo os horários de funcionamento das unidades de saúde e não procedendo aos necessários investimentos que permitam qualificar o Serviço Nacional de Saúde que já foi uma das principais referências a nível mundial na prestação de cuidados de saúde à população, e que tem vindo a ser desqualificado.

A situação de sobrelotação do serviço de urgências do Hospital Garcia de Orta (HGO) e de outras unidades, é por demais evidente e já assumido por diversos diretores de serviços, que resultam num atendimento cada vez mais precário, sendo cada vez mais frequentes a ocorrência de situações trágicas, situação que levou à recente demissão dos sete chefes da equipa do serviço daquela urgência, perante a contínua degradação das condições de trabalho e da excessiva lotação de doentes internados.

Neste quadro, e tendo em consideração a situação trágica que está instalada nos serviços de saúde, que se têm vindo a agravar, e no seguimento das nossas comunicações anteriores, reforçámos o pedido urgente de reunião com o Senhor Ministro, que aguardamos há mais de um ano, onde poderá ser explicado às populações de Seixal, Almada e Sesimbra onde foram investidos os 300 milhões de euros na Península de Setúbal e em particular os 120 milhões de euros no Hospital Garcia de Orta e que ganhos em prestação de cuidados de saúde significou esse investimento, quantos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde foram contratados, que serviços foram qualificados e face à situação caótica existente, que medidas se pretende tomar, para que não se continue a verificar esta situação, que a todos deve preocupar.

Recordamos que os estudos do Ministério da Saúde concluíram que a solução deste problema passa pela construção do Hospital no Seixal, equipamento de apoio e complementar do Hospital Garcia Orta, cujo investimento se estimava em 60 milhões de euros.

 

CMSeixal