Se, na passada semana, o tema do “Engana-me que eu Gosto” foi futebol, esta semana não poderia ser outro senão o mesmo: futebol! O clássico Sport Lisboa e Benfica Vs Futebol Clube do Porto, que teve lugar no passado Domingo, foi tudo menos o “grande jogo do título”, como os jornais tinham vindo a anunciar nos últimos tempos. Um Porto muito apagado e um Benfica demasiado defensivo transformaram este jogo no mais aborrecido de toda a época 2014/2015 (Ao nível de um filme do Manoel de Oliveira…). No entanto, quem não se deixou dormir durante o clássico ou mudou de canal assim que ele terminou, acabou por ser premiado com uns belos momentos de amizade, fofinhice e zaragata do melhor que há. O Estapafúrdios do Quotidiano esteve no estádio da luz e recolheu alguns depoimentos reveladores. Ora veja só…
Jorge Simões – segurança da Prossegur:
Jorge Simões – segurança da Prossegur – foi o primeiro a intervir quando viu que a situação entre Jorge Jesus e Julen Lopetegui estava a ficar descontrolada. Segundo Jorge Simões, a coisa complicou-se por sua causa. Estranhámos essa afirmação e, por isso, decidimos perguntar-lhe o que queria dizer com ela…
«Então é muito simples. Ora onde é que eu trabalho?! Isso mesmo, na Prossegur. Então no momento em que o Lope, Lote, Lorpe… Eh pá, o coiso!, se dirige ao Jorge Jesus, eu comuniquei logo com a central: “Atenção, atenção, daqui Jorge da Prossegur. Lotepinguim a caminho!” Conclusão, os dois treinadores, sem perceberem de onde veio o som, começaram logo a discutir um com o outro: “Mariquinhas és tu, ó pinguim!”, gritava Jorge Jesus. “Lotopinguim é a tua avó”, vociferava o treinador do Porto em latim. Posso dizer que eles só não se pegaram à porrada porque o Jorge Jesus vê mal do olho esquerdo. E o Lote, Lato, Lito… car, vê mal do olho direito. Bom, agora tenho mesmo que ir andando que estou atrasado para uma consulta no dentista…»
(Hã?! Porque o Jesus vê mal do olho esquerdo e o Litocar vê mal do direito? Por tua culpa? Eh pá, realmente tu estás um pouco atrasado, estás. Mas não é bem é para uma consulta no dentista…)
Agente Mário – PSP de Carnide:
Após falarmos com o louco da Prossegur decidimos ir falar com uma pessoa que nos inspirasse maior confiança: O Sr. agente Mário, da PSP de Carnide. O agente Mário estava de serviço neste “grandioso” clássico do futebol e contou-nos o motivo da quezília entre os dois treinadores:
«Ora então boa tarde! Os seus documentos e os documentos da viatura, se faz favor! Ah! Não têm viatura… Querem só saber o que se passou, não é verdade? Então o que se passou aqui é muito simples. O sujeito A não respeitou o sujeito B, acabando assim por embater na lateral deste. Após o embate, ambos sujeitos envolveram-se em conflitos verbais. Nisto, o sujeito B, que possivelmente já teria ingerido qualquer tipo de substâncias ilícitas, começou a balbuciar: “Lote, Lepo, Lito, Leto, coise…” O sujeito A enervou-se. Dirigiu-se a ele e gritou: “LOPETEGUI! É LOPETEGUI!” O sujeito B enerva-se, volta ao ataque, e grita: “Okay Lopeguei! Játintendi…” Conclusão: criou-se logo ali uma zaragata que fez com que eu fosse forçado a intervir. Consegui acalmar os ânimos, chamei o reboque para desimpedir o túnel e foi cada um à sua vida! Simples… Apenas mais um dia de trabalho na vida de um polícia de trânsito!»
(AH! Então foi só isso?! Realmente hoje em dia as pessoas irritam-se por tudo e por nada. Talvez o melhor seja irem de transportes públicos na próxima vez… Isso ou começarem a contratar policias decentes para acompanhar os jogos!)
Adepto Benfiquista:
Após observarmos as filmagens do conflito, conseguimos constatar que um dos adeptos do Sport Lisboa e Benfica estava mesmo de frente para a acção. Fomos à sua procura, para que ele nos contasse o que realmente se tinha passado, e foi numa roulote em frente ao estádio que conhecemos Júlio Lopes Teco. E o que ele nos contou foi deveras surpreendente…
«Isto né nada do que aparace. Atã estã a dzer que o meu tio singanou a chamar o Loto, Lote, Lapo… Coise, mas na realidade não foi por causa disse qu’eles se zangarem. O problema foi que o Pingu não gostou que o mê tio se abraçasse ao Quaresma. E pior! Que o mê tio beijasse o Quaresma. Ele disse e passo a cinar… cipar… assacitar: “Usted no besas mi ciganito porque es mío. Justo cuando descubrí que el tipo sabe cómo jugar el balón quieres me robar? NO!” E nisto o Jorge Jesus vira-se para trás, vê-me e grita: “ Olhó mê sobrinhe pá! O Júlio Lopes Teço! Ê tou aqui. Pula daí, mais a tua mãe, vamos todos ao cabrito.“ E o outro não gostou…
(Pois, exacto… Compreende-se. Nós também não gostávamos de estar ao pé de alguém que estivesse a combinar ir comer cabrito e não nos convidasse… Está certo. Agora, só aqui entre nós que ninguém nos lê, quantas imperiais é que tu já bebeste? Pois… Bem nos parecia.)
Texto escrito por: Gil Oliveira & Ricardo Espada
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