No dia em que Pedro Passos Coelho voltou a debater-se com António Costa, no Museu da Electricidade – em Lisboa, o Estapafúrdios do Quotidiano decidiu entrevistar alguns intervenientes, de outros debates, que julgamos que seriam bem mais importantes, para o bem estar do país, do que este.
Achámos que seria importante promover o debate entre taxistas Vs motoristas da Uber; entregadores da Telepizza Vs entregadores da PizzaHut; e finalmente apoiantes da vinda dos refugiados Vs não apoiantes.
Ora vejamos os pontos chave destes debates:
Taxistas Vs Motoristas da Uber:
É do conhecimento geral que os taxistas estão deveras irritados com a entrada da Uber em Portugal. Ao fim ao cabo, a empresa privada não é obrigada a cumprir os mesmo requisitos que os taxistas, conseguindo assim praticar preços mais em conta para o utilizador. Mas será realmente isso que está a irritar os taxistas? Vamos já descobrir…
António Arlindo (taxista há 48 anos) – «O QUE ME IRRITA? O QUE ME IRRITA? O que me irrita é que os “Ubers” são uns pelintras que por aí andam. Sim… Pelintras, que não têm outro nome! Podem andar com os carros todos pintados de preto. Ah, pois é! Nós, taxistas, já tivemos que pintar os nossos carros de preto e verde, e depois de creme, e depois, novamente, de preto e verde. Qualquer dia é para cor-de-rosa, ou roxo, ou sabe-se lá de que cor… E esses “Ubers”, uma cambada de chupistas. Sim… Chupistas, que não têm outro nome! Não precisam de pintar o carro deles. Já para não falar que ainda podem ter os vidros todos fumados como esses… esses… esses tipos do “xunning” que por aí andam. Sabem o que vos digo?! Vocês são é uns oportunistas! Sim… Oportunistas, que não têm outro nome! Oportunistas do “xunning”!»
Adalberto Bernardo (motorista da Uber) – «Olhe… Desculpe lá, mas você julga que está a falar com quem?! Sabe quem eu sou, sabe? O meu tetravô foi fundador da Brisa. E tenho um tetratio que foi fundador das Estradas de Portugal, está a ver?! Por isso pianinho, se não quer que eu arranje forma de nunca mais conduzir a sua lata velha, numa estrada de Portugal. E digo-lhe mais… Se quer pintar o seu carro, pinte. Ninguém o obriga a ter essa cor pindérica! Até porque esse verde azeitona, em cima do preto Amália está muito démodé! Está tão démodé que devia de ser proibido de circular por essas estradas a fora… Sinceramente, não há cu que aguente! Nem com essas esteiras, com bolinhas de madeira, que vocês usam nos bancos!»
Entregadores da Telepizza Vs Entregadores da PizzaHut:
Após a famigerada entrevista ao entregador da Telepizza, que foi à casa do ex Primeiro-Ministro José Sócrates, criou-se uma enorme batalha campal entre os entregadores de pizzas, da Telepizza e da PizzaHut. O Estapafúrdios do Quotidiano como gosta de estar sempre em cima do acontecimento (e na expectativa de ganhar umas pizzas à pala) decidiu promover um debate entre dois destes entregadores…
Pepe Rápido (Telepizza) – «Mau… Já começámos mal. Nós não somos entregadores de pizzas! Nós somos distribuidores de pizzas, atenção! Nós distribuímos, está bem?! Eu não entrego nada. Quem entrega são os estafetas! Eu lá tenho cara de estafeta? Não, pois não?! Tenho mota de estafeta? Não, pois não?! Tenho uma pasta de estafeta? Não, pois não?! Então vamos lá a ver se nos entendemos, eu sou distribuidor de pizzas… E digo-lhe já, sou um dos melhores distribuidores de pizzas de Portugal! Eu e todos os meus colegas da Telepizza. E, se dúvidas existissem, foram todas a abrir quando o Sócrates encomendou aquela pizza… Ah, pois foram! Ele pediu a pizza a quem?! A quem? Não foi a PizzaHut, nem à Pizza na Braza, nem à Pizza do Armando… Foi a Tele… Vá, digam lá comigo: Tele… Pizza! PUMBA, VÃO BUSCAR! E digo-vos mais. Esses aí, os da PizzaHutário, julgam que são melhores que nós só porque inventam uma série massas estrambólicas?! Pfff… Só para vos calor, digo assim: 2×1! PUMBA!!! E às vezes 3×1… Ah, pois é! 3×1… Sabem o que isso é?! Não, pois não?! Então caluda, pá! O Sócrates é que sabe.»
Vítor Veloz (PizzaHut) – «O que é que esse energúmeno está para aí a dizer?! Eles é que são melhores? Ah! Ah! Ah! Deixem-me rir. Nem um pedido sabem anotar como deve ser. Onde é que já se viu, irem entregar uma pizza sem saberem qual o andar da pessoa?! Ah! Ah! Ah! Levam a pizza e depois? Deixam nas escadas? Ou voltam para trás com ela?! Na PizzaHut não há pedidos incompletos, pá! Se fossemos nós a levar a pizza ao Sócrates ela chegava ao destino. Ai não, que não chegava… E digo-lhe já, não púnhamos só Pepperoni e Extra-queijo. Tínhamos posto lá pelo menos um “fiambrinho”, ou um “baconito”… Na PizzaHut não há pizzas só com dois ingredientes, pá… É tudo à grande! Ouviste, ó seu entregador de meia tijela. Ou deverei dizer: seu entregador de meia morada… Ah! Ah! Ah!»
Apoiantes da vinda dos refugiados Vs não Apoiantes:
Outro assunto que anda em grande foco é a vinda dos refugiados para a Europa. E, mais concretamente, para Portugal. Decidimos juntar um muçulmano e uma portuguesa, de gema, para tentar saber o que eles acham sobre a vinda destes sírios para Portugal…
Islan Arey Mohamed – «O quê?! Acha que eu apoio a vinda daqueles monhés só porque sou muçulmano?! Ah! Ah! Ah! Ó meu amigo, eu sou muçulmano mas não sou parvo…Você pensa que eu não sei o que é que eles querem? Sei pois… Querem vir para cá minar isto tudo. Querem vir para cá abrir mesquitas, que nem lojas do chinês. Querem vir para cá vender capas de telemóveis à bruta. Não senhor! Eu não apoio a vinda desses tipos. E mais… Eu quando vim cá para Portugal fui morar para um T0 no Martin Moniz. Pago por mim! Esses senhores têm direito a T4 a cinco minutos da Arrábida… Onde é que isto já se viu?! Não concordo… E fiquem os senhores sabendo que o profeta também não concorda! É ou não é, profeta?! (…) Isso mesmo, lindo menino. Agora vai buscar os chinelos ao dono.»
Maria de Fátima dos Anjos Salvador – «Venham meus queridos. Venham para Portugal que o nosso país é lindo. Nós precisamos de vós tanto como vocês precisam de nós. As portas da minha casa estão abertas. Não liguem ao que este senhor diz. O povo português está com vocês. Faremos de tudo para que se sintam em casa. Eu, Maria de Fátima dos Anjos Salvador comprometo-me a dar guarida a 13 ou 14 de vós. Até porque aqui em casa éramos 15 mas acabaram todos emigrar…Por isso, camas é o que não falta por aqui. Não tenho é luz, nem água, e o dinheiro para a comida mal chega, mas garanto-vos que o amor e carinho, da minha parte, serão imensuráveis. Venham… Venham e tragam os vossos apoios do estado com vocês.»
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