POR UMA DEFESA EFECTIVA DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

Há alguns dias realizou-se, por iniciativa do PCP e de um conjunto de cidadãos a ele afectos, uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal do Barreiro que, em face da ordem de trabalhos respectiva, visou atacar o Governo da República sob a capa da suposta defesa dos utentes do Serviço Nacional de Saúde.

Naturalmente – e tal como previamente haviam anunciado – os Deputados Municipais do PSD não estiveram presentes na reunião, recusando pactuar com mais uma encenação do PCP e com o uso abusivo que foi feito da instituição Assembleia Municipal.

Tanto mais que a dita reunião não terá certamente custado menos de 3.000 (três mil) euros ao erário público, verba que poderia ser destinada a resolver casos prementes para os cidadãos.

Deste modo, desrespeitaram-se os fins a que as instituições públicas se destinam – servir as populações.

O PCP afastou deliberada e premeditadamente o PSD Barreiro do debate democrático – de relevância inequívoca – dos temas da gestão, da viabilização e do aperfeiçoamento do Serviço Nacional de Saúde (enquanto conquista e obra dos partidos democráticos, nos últimos 35 anos).

Ora, entendem os Deputados Municipais do PSD dever transmitir o seguinte à população barreirense:

1. O Serviço Nacional de Saúde é, sem qualquer dúvida, elemento de importância inestimável na efectivação e consolidação da social-democracia e do estado social de direito democrático.

2. Não foi o PSD, como se sabe, que em 2011 deixou o Estado e o estado social em situação de eminente e dramática ruptura financeira, compreendendo-se muito mal que o PS (no Barreiro como no resto do país) pretenda hoje esquecer quer a situação e constrangimentos concretos por ela gerados, quer as suas inquestionáveis responsabilidades.

3. Tornou-se, porém, evidente, uma vez assumidas funções governativas, que uma defesa efectiva e realista do nosso Serviço Nacional de Saúde implica a reorganização da rede dos serviços públicos de saúde, tendo por referência quer a sua sustentabilidade presente e futura quer a tutela equitativa e justa das necessidades dos cidadãos utentes.

4. Não é, por isso – uma vez mais no actual contexto – sério nem realista pretender construir um hospital em cada concelho ou um centro de saúde em cada bairro ou freguesia.

5. Tanto mais quando se defende, em simultâneo e aparentemente sem qualquer critério ou hierarquia, o financiamento das empresas públicas, a construção de pontes, de travessias, de terminais e das mais diversas infraestruturas públicas. Quando se faz por ignorar a construção recente de um centro de saúde em Santo António, como aconteceu com a unidade de saúde da Verderena, e se pede a construção de um novo centro de saúde no Alto do Seixalinho.

6. Tal como, da parte do PCP, não é sério nem responsável – em nada contribuindo sequer para estabilizar, prestigiar ou defender o Hospital do Barreiro – ir acenando, por motivos de táctica política, com os fantasmas do encerramento dos serviços de oncologia ou de maternidade no Barreiro, que nunca estiveram em causa.

7. Estas atitudes e modos de agir tendem, eles sim, à destruição do Serviço Nacional de Saúde e à desconsideração das necessidades fundamentais dos cidadãos utentes (em especial, dos mais carenciados).

8. Os Deputados do PSD irão estar ao lado das populações, como sempre estiveram, quando os seus direitos estiverem em causa. Não podendo, evidentemente, pactuar com constantes mentiras que pretendem apenas fomentar o pânico junto dos cidadãos.

 

Barreiro, 02 de Julho de 2014.

O Grupo Municipal do PSD.