O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) foi, no passado dia 12 de março, o anfitrião do Open Day Campus-Indústria, uma iniciativa da Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET) que visou identificar novas oportunidades de cooperação entre o tecido empresarial e o ensino superior da região.
O encontro, que reuniu perto de 30 associados da AISET, integrou uma visita a alguns dos espaços e laboratórios mais emblemáticos do IPS, nomeadamente o espaço BrightStart (programa de formação em parceria com a Deloitte), o Laboratório de Aeronáutica, a Oficina Lu Ban Portuguesa (indústria 4.0) e o Innovation Lab, bem como uma mostra de projetos e startups, terminando com uma sessão de networking para identificação de oportunidades e desafios.
Na sessão de abertura, o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, realçou o investimento que está a ser feito para trazer mais empresas para os campi da instituição de ensino, nas cidades de Setúbal e Barreiro, bem como no sentido contrário, levando mais investigadores e estudantes ao terreno, nomeadamente através do “aumento da percentagem das licenças sabáticas destinadas a projetos nas empresas e organizações”.

“Temos neste momento nove centros de investigação aprovados e, como tal, uma experiência que possibilita projetos de investigação conjunta em áreas tão diversas como tecnologia, educação, engenharia, ciências empresariais e saúde. O que vos peço é que nos desafiem com projetos, que sejam muito exigentes connosco, para que os nossos docentes e estudantes possam ajudar-vos com soluções inovadoras e também aprender”, apelou Pedro Dominguinhos.
Por seu turno, Nuno Maia, diretor-geral da AISET, lembrou o papel “essencial” das instituições de ensino superior em tempos de “exponencial transformação digital”, que está a desafiar o setor industrial de forma particularmente notória.
“Os desafios da Industria 4.0 são, antes de mais, desafios de capital humano, de inovação, de descoberta e criação de novos paradigmas, processos e tecnologias, pelo que a ligação a quem produz conhecimento é absolutamente indispensável”, disse, sublinhando o evidente encontro de vontades que há que explorar. “O IPS tem demonstrado estar perfeitamente ciente do enorme potencial de intervenção que tem pela frente e da sua aptidão para o concretizar. E as empresas estão crescentemente necessitadas de evoluir, inovar e ganhar novas competências que o meio académico pode proporcionar”.

A sessão de abertura contou igualmente com os contributos de António Bob Santos, administrador da Agência Nacional de Inovação (ANI), e de Nuno Gonçalves, vogal do Conselho Diretivo do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), entidades que apoiam financeiramente projetos de Investigação & Desenvolvimento.