As cidades são como um puzzle, onde cada pessoa é uma peça e as suas estórias constroem a história da própria cidade, e Santiago do Cacém não é exceção. Seguindo esta conceção, o Movimento Democrático das Mulheres (MDM) decidiu juntar as várias peças do puzzle da história da cidade alentejana no feminino e apresentá-las na iniciativa “Mulheres: Itinerários de vida”, no próximo sábado, 27 de setembro.

O evento, que conta com o apoio da CM de Santiago do Concelho e das diversas Juntas de Freguesia do Município, surge na consequência de um trabalho de levantamento de memórias e documentos sobre as mulheres do concelho, desde o final da segunda grande guerra até à década de oitenta.

“As mulheres, ao longo do tempo, têm tido um papel relevante que às vezes esquecem. A nossa intenção é lembrar que tiveram um papel relevante e que continuam a tê-lo na economia, na sociedade, na vida em Portugal”, explica Maria Alberto Branco, membro da Direção Nacional do MDM.

No próximo sábado às 11h, serão inauguradas duas exposições no Museu Municipal de Santiago do Cacém: “Estórias que fazem história, testemunhos singulares de lutas coletivas” e “Quarenta anos de Abril: itinerários e conquistas dos direitos das mulheres”. A partir das 14h30, na Biblioteca municipal Manuel da Fonseca vai acontecer uma conversa que abordará, essencialmente, as conquistas alcançadas com o 25 de Abril e as consequências desses triunfos na vida das mulheres da terra.

Maria Alberto Branco identifica, nesta iniciativa, não só a oportunidade de “dar um contributo para aquilo que é a História do povo de Santiago do Cacém”, como também dar a conhecer “o exemplo de luta e combatividade destas mulheres, que nos permite hoje defender alguns direitos que nos estão a retirar, mas que só existem porque elas lutaram”.