“Bom dia, vizinha! Sirva-me o de costume, por favor!” Quando dei por mim, já tinha “despachado” a merenda mista e o carioca de “limoca”, como diz o meu Coordenador no seu jeito gozão. Olhei para o relógio e já só tinha meia-hora para ler o Jornal e “piscar” o olho as notícias que vinham da TV… Queria sair do café com a certeza de que Jonas iria fazer parte do Onze do Sport Lisboa e Benfica que iria defrontar os alemães do Borússia Clube de Dortmund, que Luisão iria atingir a marca “mágica” dos 500 jogos e que o Presidente da Re(s)pública colocasse um ponto final na polémica que colocava em “cheque” o Ministro das Finanças. A bem dos superiores interesses nacionais, Marcelo Rebelo de Sousa não só colocou um ponto final na polémica como transformou o caso num assunto sem sentido. António Costa esteve sempre do lado do “seu” Ministro, submetendo-se muitas vezes ao silêncio e quando dizia alguma coisa, era para dizer que Centeno era para manter. No meu entender, todo este ruído provocado pela direita – encabeçado pelos “compadres” PPD/PSD e CDS-PP teve apenas um único objectivo, fragilizar Mário Centeno e a Caixa Geral de Depósitos. Os últimos dias não foram fáceis para o Ministro, que se manteve firme ao ataque cerrado da oposição que tudo fez para desgastar o rosto político da execução orçamental e aprovação da recapitalização da CGD junto de Bruxelas. Com o País a atravessar fase ascendente em termos económicos – cresce mais do que a média europeia e tudo indica que deverá sair do procedimento de défice excessivo, o “timing” escolhido para o ruído à direita, não foi bem escolhido. A “geringonça” localizou os problemas do sistema financeiro escondidos debaixo do tapete e encontrou a CGD numa situação de deterioração em termos de crédito e de capital. Para espanto da direita, o Governo está a reestruturar a Caixa sem aumentar o défice e recorrer a medidas que visam maior austeridade. Para a direita, reestruturação e recapitalização da Caixa só seria possível com mais medidas de austeridade. Aqui reside um dos fundamentos da “gritaria” a direita. Podemos até discutir, o “ruído” em torno da entrega das declarações de rendimentos e património dos gestores públicos da CGD ao Tribunal Constitucional, podemos não concordar com as condições impostas por Bruxelas para recapitalização do Banco e muito menos com as remunerações dos administradores do Banco. Mas uma coisa temos todos que concordar, a prioridade agora é estabilizar o Banco e devolver crédito à economia que está a caminhar no bom sentido e recomenda-se. Tudo o que seja alimentar polémicas em torno de equívocos e mal entendidos com as trocas de e-mails e mensagens entre Centeno e António Domingues só vai atrasar a recuperação/recapitalização da CGD e degradar ainda mais a imagem das nossas instituições políticas e do único banco em mãos nacionais. Acredito que ninguém de bom senso esteja interessado num destes cenários.

Obs: Esta Semana, acompanhei com expectativa (redobrada) o lançamento do terceiro álbum a solo de um amigo/companheiro de outras tantas “batalhas”, de seu nome Iury Coelho – Keith-B Angola, para a música. “Rimas perdidas” é o título do mais recente álbum do músico/produtor luso-angolano, onde se destacam os hits “Quem manda no Club” e “Tipo Dandy Lisbon” – as pistas de dança de Lisboa que o digam. Keith-B Angola já é um caso de sucesso internacional. No Brasil por exemplo, tem dividido o palco com outros talentos emergentes e encantado pela sua humildade, simplicidade e versatilidade. A sua música mistura hip-hop, afro-house, RnB e kuduro com letras muito simples – onde as suas raízes africanas estão bem vincadas nas letras que compõe. Companheiro, como tens dito e muito bem, A “broa” chega para todos. Clubites a parte, espero com toda franqueza que o FC Porto “vergue” a “Vecchia Segnora” e consiga escrever mais uma página bonita da história do futebol português, tal como fez o Benfica na Terça-Feira, e ajude a incrementar as vendas do fármaco mais conhecido em Portugal desde o verão de 2015 – “cotovelite”. Falando em história, bonita é a história de amor do “Girafa” e o Clube da Luz. 500 jogos é obra! Quanta dedicação! Quanto empenho! Faz-me lembrar por exemplo, (Paolo) Maldini (com as mesmas letras, escreve-se “di Milan”) e o “seu” AC Milan. Há jogadores que marcam uma Era e ficam para sempre na memória daqueles que apreciam o desporto-rei. E Ânderson Luís da Silva é um deles, com certeza. Se for para bem da equipa, renovem o contrato ao “Girafa”. O “Capitão” merece!

 

Até para Semana, malta!

Assina: Manuel Mendes

Gestor Imobiliário

PS (Post Scriptum): Manuel Mendes opta por escrever na antiga ortografia da língua portuguesa.