Continuar a reivindicar a reabertura do Posto Médico de Deixa-o-Resto e, entretanto, criar no local – de forma provisória – uma sala de refeições com melhores condições para as crianças da Escola Básica local foram as principais conclusões da reunião que a Câmara Municipal de Santiago do Cacém e a Junta de Freguesia de Santo André realizaram com a população local, nas instalações do Posto Médico de Deixa-o-Resto, no dia 3 de dezembro.
A proposta apresentada recebeu unanimidade da população presente. “Não obstante haver um espaço, na escola, que serve de sala de refeições para as crianças, o mesmo é exíguo. Aqui, ainda que provisoriamente, porque continuamos a reivindicar a reabertura do posto médico, tem condições diferentes”, explica Álvaro Beijinha, Presidente da CMSC. “Vão realizar-se aqui obras, entre a CMSC e a Junta de Freguesia, sendo que a própria população também manifestou – e isso agrada-me bastante – disponibilidade para colaborar e fazer trabalho de voluntariado. Agora é jogar mãos à obra, continuar a lutar pelo posto médico e provisoriamente criar as condições necessárias para que os miúdos passem a comer aqui”.
Jaime Cáceres, Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, mostrou-se apreensivo com as consequências decorrentes do encerramento do posto médico de Deixa-o-Resto, já há mais de três anos. “Não passa pela cabeça de ninguém fechar-se um posto médico com cerca de 700 utentes e isso está-me a causar alguma preocupação, pois algumas pessoas idosas têm de ir a Vila Nova de Santo André ou ao hospital sem transportes, o que faz com que haja alguma população que tem doenças crónicas e que não tem receitas para vir à farmácia”. O autarca sublinha que a luta pela reabertura do posto médico vai durar “até nos doer a alma” e congratula-se com a solução provisória encontrada, não só porque traz “melhores condições para as crianças”, mas também porque “evita a degradação de um edifício fechado”. O Posto Médico de Deixa-o-Resto é património da freguesia de Santo André e foi construído pela população em 1976, razão pela qual Jaime Cáceres justifica a reunião da passada quarta-feira. “Nunca faríamos nada sem ouvir a população”.
De referir também a vontade demonstrada pela população para, posteriormente, realizar um conjunto de obras no espaço que atualmente é utilizado, na escola, para o fornecimento de refeições às crianças (26 no total, entre 1.º ciclo e jardim de infância) para que as condições possam entretanto ser melhoradas e para prevenir uma eventual (e muito desejada) reabertura do posto médico. A CMSC e a JFSA prontificaram-se de imediato para apoiar esta intervenção.