Programa de empreendedorismo conta com o apoio do Politécnico de Setúbal
O projeto Let´s Go Baby, que oferece o primeiro serviço de concierge em Portugal para famílias, foi o grande vencedor da final regional de Setúbal do programa de empreendedorismo Tourism Explorers, evento online promovido pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), e será uma das 12 startups a disputar a final nacional, agendada para amanhã, 03 de dezembro, pelas 14h00, também em registo virtual.
A solução inovadora, que está no mercado desde 2018, foi desenvolvida pelos empreendedores Vera Ferreira da Cunha e Pedro Batista Roque, e mereceu a preferência do júri entre as 11 equipas iniciais a concurso, pela “relevância do problema e necessidade do público alvo, pela solução inovadora, pelas evidências relativas à sua operacionalização e capacidade de escalabilidade, pela motivação, trabalho e persistência dos empreendedores”, revela Teresa Costa, docente da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE/IPS) e coordenadora local da iniciativa, que resulta de uma parceria entre a Fábrica de Startups e o Turismo de Portugal, com o apoio do IPS.
Tendo resultado da experiência direta de viajar com um bebé e da falta de respostas às dificuldades sentidas, o projeto Let’s Go Baby propõe-seprestar vários serviços a famílias ao longo da sua estadia em Portugal com as suas crianças – do aluguer de material de bebé ao babysitting, passando pelos transfers e pelos roteiros personalizados – apresentando como vantagem o facto de “agregar e disponibilizar tudo isto num único local e adaptado a cada família”.
Como prémio, a equipa vencedora receberá seis meses de incubação na incubadora de ideias de negócio do IPS, a IPStartUP, e a oferta do registo da marca e depósito de patente por parte da Gastão Cunha Ferreira, empresa especialista na proteção de direitos de propriedade intelectual.
Sobre a dinâmica da competição em Setúbal, a coordenadora local sublinha “a qualidade muito elevada dos projetos que foram à final” e “o espírito empreendedor extraordinário demonstrado por todos os participantes”, que, globalmente, puseram à prova “soluções concretas para novas necessidades dos turistas, face a um mundo em evolução, quer em termos de valores, quer de comportamentos e gostos”.
Quanto ao papel do IPS no programa de empreendedorismo, a docente realça ser “importante que os participantes percebam o quanto a academia quer estar próxima da comunidade e das pessoas e contribuir para a atualização e desenvolvimento de conhecimentos, aptidões e atitudes dos atuais e futuros empreendedores”.
A 4ª edição do programa Tourism Explorers, que decorre desde outubro em 12 cidades portuguesas, volta a apostar na capacitação de empreendedores de todo o país, como forma de contribuir para a redução das assimetrias regionais e de promover a recuperação do setor do turismo, um dos mais afetados pela COVID-19. Desenvolvido em duas fases – Ideação e Aceleração – a iniciativa oferece aos participantes a oportunidade de aceder a uma rede única de mentores nacionais, parceiros especialistas no setor, potenciais clientes e investidores.